Pela primeira vez os nanotubos de carbono realmente vencem o silício

Por , 13 de September de 2016 a las 19:00
Pela primeira vez os nanotubos de carbono realmente vencem o silício
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Pela primeira vez os nanotubos de carbono realmente vencem o silício

Por , 13 de September de 2016 a las 19:00

Uma equipe de cientistas conseguiu construir transistores de nanotubos de carbono que por primeira vez têm melhor rendimento do que o silício

Na universidade de Wisconsin-Madison, uma equipe de cientistas anunciou um trabalho que poderia marcar o início de uma nova etapa na eletrônica. Os nanotubos de carbono são um tipo de estrutura que dá lugar a um material com propriedades muito valiosas. Foram descobertos em 1991 e, desde então, se vem pesquisando sobre eles. Estes nanotubos, chamados assim porque constituem precisamente tubos cuja espessura equivale a um átomo de carbono, são grandes condutores de eletricidade, 100 vezes mais fortes que o aço, mas mais leves e flexíveis.

Uma elevada condutividade térmica complementa umas propriedades que são o paraíso para a eletrônica. No entanto, é difícil trabalhar com este material, pois resulta difícil isolá-lo de certas impurezas durante seu processo de produção. E estas impurezas pioram as qualidades como semicondutor.

O sucesso da equipe da Universidade Wisconsin-Madison foi dar com um processo de produção que elimina a maior parte das tais impurezas. Em determinadas condições é possível controlar a propriedade que têm os nanotubos de carbono de montar-se sozinhos. Para isto se necessita uma solução baseada em um polímero que possibilita limpar o material de impurezas e também manipulá-los de tal maneira que os nanotubos se organizem de uma forma propícia para criar um transistor.

E os transistores são as peças básicas de qualquer aparelho eletrônico. Aqui, o silício é o material que manda, mas a equipe de pesquisadores conseguiu fabricar transistores de nanotubos de carbono de 2,5×2,5cm. Isto representa já um grande avanço, pois não só conseguiram que funcionassem, como que também, por primeira vez o fizeram com um rendimento superior a seus equivalentes em silício.

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Ainda não é possível cantar vitória, porque os pesquisadores precisam encontrar formas de que seu processo de fabricação seja, além de efetivo, eficiente em custos a nível comercial. Nas simulações se viu que a forma mais pura dos transistores de nanotubos de carbono funcionam cinco vezes mais rápido que os de silício.

É cedo para especular, mas a criação de transistores de nanotubos de carbono poderia trazer uma nova geração de eletrônica mais rápida e eficiente. O que significa que não só é possível ganhar em potência, como também que as baterias aguentariam mais.

Imagens: PublicDomainPictures e RecklessStudios

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