Pokémon Go, por que agora?

Por , 21 de July de 2016 a las 07:00
Pokémon Go, por que agora?
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Pokémon Go, por que agora?

Por , 21 de July de 2016 a las 07:00

Decisões empresariais e fatores tecnológicos fizeram que o sucesso mundial de Pokémon Go não tivesse sido possível antes do contexto atual.

Pokémon Go é, sem dúvida alguma, o fenômeno do ano e, talvez da década. Pode-se dizer que, desde a aparição do smartphone e o auge das redes sociais, não se havia dado uma mudança tão grande nas vidas pessoas por um fator alheio à realidade como pode ser um videogame. Resulta que isto e não outra coisa é o verdadeiro sucesso de Pokémon Go: conseguir integrar em nossa realidade o universo das criaturas que milhões de crianças ao redor do mundo admiraram.
Como ocorre com tudo o que triunfa, podem-se procurar as causas do êxito, mas muitas vezes as mesmas podem explicar os fracassos. No caso de Pokémo GO, não está demais nos perguntar, fora tais causas, os motivos pelos que o fenômeno ocorreu agora e não há dez anos.

O papel da Nintendo, Niantic e The Pokémon Company

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Obviamente, Pokémon GO triunfou agora porque agora é quando foi lançado. E a primeira coisa surpreendente é o motivo disto. Durante anos, Nintendo, uma empresa de capa caída depois de Nintendo Wii e Nintendo DS, que esteve vagando no mercado sem oferecer nada rompedor, fora os títulos já característicos da empresa. Isso fez com que perdesse muita relevância no mercado ante suas rivais, mas principalmente, ante ela mesma.
Tendo em conta a força que Nintendo possui no mercado casual, deixar escapar o trem do celular foi um grande erro. Mas como é a Nintendo, o trem voltou para a estação. Pokémon apresenta inúmeras semelhanças com Ingress, outro jogo popular da Niantic e que, diferentemente de Pokémon GO, não chegou a transcender fora do nicho, a pesar de conter muitos elementos inovadores num videogame. Como dizíamos, se alguma coisa Nintendo aprendeu é que, sendo Nintendo, nunca é tarde, e menos se The Pokémon Company está do seu lado.

Os avanços técnicos

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Fora as decisões empresariais o outro grande fator que fez com que Pokémon Go tivesse que surgir nesta época da era smartphone é o tecnológico. Para funcionar, o jogo necessita GPS, giroscópio, conexão de dados, tela HD e usar, num nível de design da Niantic, a base de dados do Google Maps, com a que situaram estrategicamente os ginásios, os stops e os Pokémons mais especiais.
Pokémon GO, e a realidade aumentada no geral, precisam desses sensores para que a correspondência entre os modelados e o mundo real seja perfeita, ou quase. Há alguns anos, ter um giroscópio integrado no smartphone não era nem um pouco comum e, de fatos, existem modelos de gama média-alta, como o Moto X Play que não o têm. Por outro lado, o uso contínuo do GPS, tela e conexão à internet têm uma repercussão significativa na autonomia dos dispositivos.

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Pensar no que teria acontecido nesse sentido há cinco anos, com dispositivos muito menos eficientes provavelmente foi uma grande dor de cabeça para Niantic. Também não existia a densidade de dados que Google possui atualmente, imprescindível para oferecer uma experiência variada e criativa, sem falar nas tarifas de dados que, até agora são insuficientes para jogar de forma intensiva. Por último, uma rede anterior teria resistido a uma saturação de jogadores como a atual? Provavelmente, não; já que nem sequer a atual está aguentando bem, com quedas de servidores e funcionamento errático.
Por seu lado, a realidade virtual vai mudar em pouco tempo como jogamos em casa, enquanto a realidade aumenta vai muito mais longe e fará o jogador não só mostrar sua destreza de forma interna, como também conhecer mundo.

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