Músculos para robôs inspirados na anatomia humana

Por , 2 de July de 2016 a las 12:00
Músculos para robôs inspirados na anatomia humana
Futuro

Músculos para robôs inspirados na anatomia humana

Por , 2 de July de 2016 a las 12:00

Conseguir que um implante seja capaz de adotar uma determinada forma e se adaptar ao corpo humano já foi superado pela ciência. Os robôs mais avançados usam motores para mover cada membro; no entanto, conseguir uma grande flexibilidade e destreza não é uma tarefa fácil. Os músculos para robôs se situam como uma boa alternativa para conseguir um alto grau de adaptação em pacientes.

Quando vejo pela rua uma pessoa com uma prótese, penso em como será sua qualidade de vida: poderá se mover com facilidade? Que barreiras teve que superar? É muito difícil imaginar como seria necessitar uma prótese. Algumas pessoas precisam de uma desde que nascem; outras, devido à má sorte, precisarão ao longo de suas vidas. Ainda me lembro de uma colega de faculdade: eu achava incrível que, com aquela pesada prótese metálica, pudesse realizar todas as tarefas com tanto entusiasmo. Ela esbanjava vitalidade, como se sua perna fosse de verdade.

Estamos acostumados a ver as típicas próteses metálicas, com certa flexibilidade mas mobilidade reduzida. Crianças, jovens e adultos que perdem um de seus membros e se veem obrigados a optar pelas novas tecnologias em temas de biologia e robótica.

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Biologia e robótica, mais próximas do que nunca

Neste cenário, um grupo de pesquisadores da Universidade de Harvard conseguiu um grande avanço neste campo: os primeiros atuadores moles para robôs que se inspiram no bíceps humano. Dito de outra maneira: robôs e humanos cada vez mais unidos para melhorar, entre outras coisas, a mobilidade das pessoas com dificuldades.

No laboratório de Harvard’s Wyss Institute for Biologically Inspired Engineering, George Whitesides, chefe do projeto e sua equipe de jovens cientistas, trabalham há tempos em aperfeiçoar a ideia de músculos para robôs, inspirados em um bíceps humano. A eficiência e a funcionalidade serão os pilares deste novo avanço.

Imitando a contração muscular humana

Alcançado este ponto, a pergunta do milhão de dólares: como é possível que se possa conseguir uma maior flexibilidade graças a estes músculos? O projeto foi desenvolvido com um sistema VAMP, formado por um sistema de vácuo, que consegue imitar com bastante precisão a contração muscular da própria anatomia humana e, assim, produzir o movimento do membro do robô.

Resulta indispensável gerar um sistema muscular flexível para dotar os robôs de certa elasticidade em seus movimentos. Por isso, os músculos estão fabricados de borracha, formando uma estrutura com compartimentos que se colapsam quando se produz a contração muscular.

Humanizar os movimentos dos robôs

Esta alternativa significa que os pacientes que precisem de próteses, ou até mesmo de exoesqueletos, possam se beneficiar de um sistema que permita maior destreza e flexibilidade em seus movimentos. Não devemos esquecer que, ao se tratar de um sistema fabricado com borracha, em caso de acidente, os pacientes não receberiam danos colaterais. Se as próteses estivessem formadas por materiais rígidos e pesados, os prejuízos seriam bastante mais significativos.

No momento, trata-se unicamente de um avanço para o mundo da ciência, mas, sem dúvida, seria muito interessante ver máquinas e robôs funcionando com músculos sintéticos inspirados na anatomia humana. A pesar de que isto seja somente uma pequena demonstração do que se poderia conseguir num futuro próximo, a verdade é que devemos ter cuidado e seguir bem de perto os avanços neste âmbito.

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