Quando as câmeras digitais não tinham cartão de memória

Por , 29 de June de 2016 a las 15:00
Quando as câmeras digitais não tinham cartão de memória
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Quando as câmeras digitais não tinham cartão de memória

Por , 29 de June de 2016 a las 15:00

Durante os primeiros anos das câmeras digitais, vários modelos chegaram ao mercado sem cartão de memória. Foi o caso das Sony Mavica que usavam disquetes ou CDs de tamanho reduzido

A história das câmeras digitais não é tão curta como se pode pensar a priori. Em 1975, a mítica empresa Kodak desenvolveu o primeiro modelo de câmera digital da história. Se bem seus 0,01 megapixels foram anedóticos, tecnicamente cumpria com os requisitos para ser considerada como tal. E claro, naquela época a imagem se guardava em uma fita cassete e se visualizavam num televisor. Tecnicamente, os cartões de memória não existiam.

O curioso é que, muitos anos depois, câmeras convencionais continuavam sem apostar por cartões como os Compact Flash, escolhendo, em seu lugar, standards antigos. O exemplo mais representativo desta situação são as Sony Mavica (Magnetic Video Camera). Em 1997 se lançou a Sony Digital Mavica MVC-FD5 de 0.3 megapixels, a primeira digital. O chocante é que, nessa época, já existia o formato de cartão Compact Flash, apresentado em 1994. Mas no lugar delas, usaram os míticos disquetes de 3.5” até 2002. Imagine o número de fotografias que se podiam disparar por unidade? Ainda que ocupavm menos devido à baixa resolução, nunca se teve a sensação de capacidade ilimitada que hoje até mesmo um smartphone oferece.

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Outros modelos posteriores apostaram por compact-disc de 8cm, ou seja, um formato muito reduzido com respecto aos CDs tradicionais. Mas claro, ainda que a capacidade aumentava exponencialmente, o problema era evidente. Da mesma forma que ocorreu em computadores portáteis ou a PSP de Sony em seu momento, utilizar peças móveis a tantas revoluções por minuto requer uma quantidade de energia maior que usar peças sólidas.

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No entanto, e apesar de seguir usando estas soluções antigas, Sony lançou em paralelo sua família Cyber-Shot, que apostava pelos cartões proprietários Memory-Stic. No começo contavam com pouca capacidade e resultavam extremamente caros, mas as vantagens sobre os disquetes e os mini CDs eram evidentes, principalmente para o público profissional. O mesmo caminho seguiram em sua linha Alpha de câmeras primeiro reflex e, mais tarde, também sem espelho. O mercado não saiu do modelo de cartão desde então, e a luta se centrou em usar modelos universaus, como SD (Secure Digital), ou fechados, como o mencionado Memory Stick.

Imagens: Dave Jones (Flickr) e DPreview.

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