Este método permite transformar garrafas de plástico em diesel

Por , 25 de June de 2016 a las 12:00
Este método permite transformar garrafas de plástico em diesel
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Este método permite transformar garrafas de plástico em diesel

Por , 25 de June de 2016 a las 12:00

Uma equipe de cientistas conseguiu transformar garrafas de plástico em diesel de forma eficiente.

A quantidade de resíduos plásticos que gerados a cada dia é uma monstruosidade. Trata-se de um problema meio ambiental sobre o que entidades internacionais já fizeram soar o alarme. Num relatório recente o Foro de Davos advertiu que, neste ritmo, em 2050 haverá mais plásticos do que peixes nos oceanos. Daí que seja necessário encontrar novas fórmulas para reciclar este tipo de resíduo. Uma pesquisa conjunta entre a Universidade da Califórnia e o Instituto de Química Orgânica de Shangai parece ter aportado um raio de esperança.

Cientistas destas duas instituições conseguiram transformar garrafas de plástico em diesel de uma forma mais eficaz que os processos que já tinham sido testados até agora. O problema do plástico é que se compõe de polietileno, um material muito estável devido a que os átomos formão laços simples.

Esta sólida estrutura só se decompõe com condições extremas. Normalmente se esquenta o composto até os 400 graus centígrados para romper as uniões, mas o resultado é uma mistura de gás, cera e hidrocarbonetos líquidos pouco útil.

O processo que os cientistas da Universidade da Califórnia e do Instituto de Química Orgânica de Shangai desenvolveram passa por empregar os catalizadores que se usam habitualmente para produzir polietileno. Neste caso realizam o processo inverso. Um dos catalizadores separa o hidrogênio e o carbono. Os átomos deste último elemento se unem através de laços duplos, que o segundo catalizador é capaz de romper, para em seguida dar entrada ao hidrogênio de novo.

plasticdiesel2

Desta forma, a combinação de átomos de carbono e hidrogênio se reformula e nunma série de reações químicas se alcança a estrutura de diesel ou de uma espécie de cera que pode ser usada para propósitos industriais.

A eficiência do processo está no fato de que só é necessário esquentar o polietileno a 175 graus, pelo que se economiza energia e evita a dispersão dos compostos resultantes. Ainda que o certo é que as reações demoram um pouco, pelo que os resultados se obtêm lentamente. Esta é, talvez, a principal desvantagem do novo sistema que, além do mais, terá que ser escalado para que seja verdadeiramente efetivo. Resulta que o ritmo de produção do plástico, assim como o da geração de resíduos derivados, se acelera cada vez mais.

Imagens: hugovk e alex1derr

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