Como o uso do grafeno poderia criar chips um milhão de vezes mais rápidos que os atuais

Por , 23 de June de 2016 a las 19:00
Como o uso do grafeno poderia criar chips um milhão de vezes mais rápidos que os atuais
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Como o uso do grafeno poderia criar chips um milhão de vezes mais rápidos que os atuais

Por , 23 de June de 2016 a las 19:00

Cientistas do MIT criaram um método para converter a eletricidade em luz e acelerar a velocidade dos chips

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CHIPS, GRAFENO

Talvez ainda falte para que possamos ver de forma estendida as prodigiosas propriedades do grafeno. Entrar no mundo comercial é um passo exigente e o material tem que estar preparado perfeitamente para isso, tanto no que diz respeito a qualidades como a produção e custos. Mas a verdade é que enquanto estas questões avançam, laboratórios de todo o mundo se apressam em investigar novas formas de tratar o grafeno para conseguir milagres técnicos.

Uma das últimas proezas é a que sai do MIT, financiada pelo Exército dos Estados Unidos, pesquisadores deste centro acadêmico e de outras universidades descobriram uma nova maneira de converter eletricidade em luz que poderia levar a circuitos eletrônicos baseados em luz em vez de elétrons, que poderiam fazer parte de dispositivos altamente compactos. Comparado com os chips atuais, os que vierem deste novo desenvolvimento serão um milhão de vezes mais rápidos, de acordo com os pesquisadores.

No momento trata-se de uma pesquisa teórica, pelo que ainda levará tempo confirmar os resultados de uma forma prática. Mas os cientistas estão convencidos de que o grafeno pode ser usado para reduzir a velocidade da luz por debaixo da dos elétrons. Neste ponto é produzido um efeito que resulta em um intenso feixe de luz que os cientistas têm chamado de ”optic boom”, por associação com o “sonic boom” ou explosão sônica.

Uma explosão sônica é o que ocorre quando um corpo, digamos, um avião cruza a barreira do som. No momento quando uma aeronave começa a mover-se mais rápido que o som, ocorre uma variação das ondas que libera uma grande quantidade de energia num instante. O que acontece nas entranhas do grafeno pode ser equiparado, de certa forma, a este fenômeno.

chipgrafeno2

Os cientistas enfatizam que o grafeno tem a capacidade, sob certas circunstâncias, de fazer com que a velocidade dos elétrons supere a velocidade da luz. O que eles chamam plasmons (oscilações mínimas de elétrons) atingem uma velocidade algumas centenas de vezes menor que a velocidade da luz quando não há limitações.

O ‘boom óptico’ aproveita esta característica do grafeno. Os elétrons que se movem a uma velocidade centenas de vezes inferior a da luz são usados para mover e armazenar informação, de modo que todos os processos são acelerados.

Imagens: redegalegadebiomateriais e MIT

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