Falar de carros autônomos normalmente é sinônimo de conforto para os passageiros. ainda que que nos dias atuais muitos motoristas afirmem que eles “amam dirigir”, a realidade é que, para viagens longas, todos agradeceríamos uma ajuda do automóvel. Neste sentido, quem está acostumado a realizar viagens mais longas, são os caminhoneiros que, em muitos casos podem chegar a percorrer o mundo inteiro. Portanto, seria um coletivo que, se bem poderia ser prejudicado, também obteria ajuda em outros detalhes.

Por isto, um grupo de engenheiros criou Otto, um projeto voltado para dar a possibilidade de transformar qualquer caminhão lançado após 2013 em autônomo.Otto é um projeto que não nasce do nada. Muitos de seus empregados trabalharam em grandes empresas tecnológicas e outros estão especializados em carros autônomos depois de terem passado por Tesla, Google ou Cruise. Seu diretor é Anthony Levandowski, que trabalhou na empresa do buscador nas áreas de Street View e carros autônomos.

No momento, a ideia é que os caminhões se transformem em semiautônomos, dado que o motorista sempre teria que ir dentro da cabine. Para a conversão, utilizariam um kit com um custo de 30000 dólares, que logo de primeira pode parecer caro, mas devido ao acréscimo na segurança e no conforto dos motoristas (mesmo que, de momento, só em rodovias), pode valer a pena no momento em que seja legal.

O kit de Otto inclui sensores, radares, câmeras e o resto de dispositivos necessários. De momento, o mais censurável é que os caminhões não poderão mudar de faixa sem um motorista, ainda que poderão controlar a velocidade ou frear no caso de chegar a um congestionamento. Na minha opinião, a regulamentação deve ser mais rígida que com os carros, por quê o prejuízo que podem chegar a causar os caminhões autônomos, pelo menos em sua fase de aprendizagem, é muito maior que o dos carros, que, por sinal, não seria um problema insignificante.

Imagem principal: Otto