Quatro lasers formam a estrela artificial mais brilhante no Chile

Por , 10 de May de 2016 a las 19:00
Quatro lasers formam a estrela artificial mais brilhante no Chile
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Quatro lasers formam a estrela artificial mais brilhante no Chile

Por , 10 de May de 2016 a las 19:00

Com o objetivo de usar pontos luminosos como guias, o Observatório Europeu do Sul do Chile utilizou 4 potentes lasers para conseguir desenvolver um sistema que produza uma estrela artificial

Para os padrões atuais da ciência humana, a criação de um corpo celeste parece um desejo completamente impossível. Seria absurdo pensá-lo. Mas o avanço nos lasers sim permite criar estrelas artificiais que consigam ser mais visíveis do que as que todas as noites povoam nossos céus. O problema está na contaminação lumínica, que acontece nas grandes urbes e no efeito turvo que produz na atmosfera. No Observatório Europeu do Sul do Chile superaram os obstáculos graças a 4 grandes lasers. O mais interessante, sem dúvida, será a utilização que se fará dessa grande estrela artificial ou, tecnicamente falando, ponto luminoso.

Assim como os barcos precisavam antigamente dos faróis, os astrônomos necessitam pontos luminosos com os que orientar-se. A diferença está na precisão que necessitam. Precisam de uma referência muito potente para calibrar seus instrumentos e ferramentas. Manualmente, devido à rotação do planeta, é muito complicado. Talvez a olho nu seja menos perceptível, mas com o nível de ampliação de um telescópio, o processo se torna impossível e o objetivo some cada poucos segundos.

On 26 April 2016 an event at ESO’s Paranal Observatory in Chile marked the brilliant first light for the four powerful lasers that form a crucial part of the adaptive optics systems on ESO’s Very Large Telescope. Attendees were treated to a spectacular display of cutting-edge laser technology against the majestic skies of Paranal. These are the most powerful laser guide stars ever used for astronomy and mark the first use of multiple laser guide stars at ESO. This spectacular image shows the four beams emerging from the new laser system on Unit Telescope 4 of the VLT.

Através de uma técnica chamada ótica adaptativa se resolve o problema e é possível compensar as mudanças, mas é necessária a ajuda de um guia, neste caso a estrela criada pela “Four Laser Guide Star Facility” (4LGSF). E aqui é necessário ressaltar que os lasers não criam exatamente a estrela, ainda que sejam decisivos em sua formação. Sua tarefa é excitar os átomos de sódio presentes na atmosfera, graças aos 22 W de cada um deles. Quando isto acontece, os átomos começam a emitir luz, o que faz com que o objetivo seja alcançado.

Mesmo, que a luz emitida pelos átomos esteja infinitamente mais próxima que a de uma estrela, o fato de poder controlar sua posição e compensar o efeito turvo da atmosfera ajuda a alcançar o objetivo dos astrônomos, conseguir imagens mais nítidas e ampliar o campo de visão. O mais interessante é que a ideia de fazer isto não é nova, mas em 1950 já tinha sido proposta. O problema é que, assim como aconteceu em muitos âmbitos da ciência e da cultura, a tecnologia nem sempre está no mesmo ponto evolutivo que nossos cálculos ou pensamentos querem estar.

Imagens: ESO

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