Facebook apresentou seus resultados financeiros, e as notícias não podem ser melhores para os investidores. Tanto o número de usuários como as receitas superaram as expectativas, o que faz com que a empresa esteja cada vez mais próxima de Google no mercado publicitário.
A luta por ser o rei mundial da Internet é dura e Google está ganhando a batalha. Mas Facebook quer ganhar a guerra, com armas similares às que seu rival vem empregando durante anos, mas também com outras mais inovadoras a longo prazo. Voltando a 2016, não parece que a empresa dirigida por Mark Zuckerberg esteja perdendo a batalha. Como o resto de tecnológicas vem fazendo estes dias, comunicou os resultados financeiros aos investidores; e superaram todas as expectativas de Wall Street.
Sua renda chega este trimestre a 5,38 bilhões de dólares, muito acima das estimativas dos analistas. Isto fez com que obtivesse lucros de 1,51 bilhões de dólares o que, incrivelmente, significa triplicar as cifras do mesmo período do ano anterior. A grande chave deste crescimento, é a contribuição que o celular está trazendo aos principais produtos da empresa.
Facebook já alcança os 1,65 bilhões de usuários na rede social, com 1510 destes utilizando o aplicativo celular. Quanto aos usuários diários únicos, Facebook comunicou uma cifra de 1,09 bilhões. Isto significa que aproximadamente 1 de cada 7 usuários da população mundial acessou o serviço todos os dias do passado mês de março. O acesso através do celular era uma das grandes fraquezas do Facebook, pois não conseguiam identificar como rentabilizar o produto. Em 2012, o celular só obtinha 3% da renda publicitária. Há um ano, significava 73% e hoje já gera 82%.
O segredo está, em grande parte, nos mercados emergentes. Falamos de países, onde o smartphone é o computador principal e onde, em muitos casos, é o primeiro dispositivo com o qual a população teve acesso à Internet. Comparados aos 341 ou 581 milhões do mesmo período em anos anteriores, Facebook conseguiu 894 milhões de usuários que só tem acesso através do smartphone. Em apenas dois anos, ficou perto de triplicar as cifras.
Fora da rede social principal, encontra-se Instagram, mas sua importância não é menor. Após ser criticada sua compra em 2012 por um bilhão, este ano vai gerar 1,5 bilhões em publicidade. E assim se entende que, de acordo com Zuckerberg, coloquem o foco nela como plataforma de crescimento junto ao vídeo nos próximos três anos. Nos próximos 5, pretende rentabilizar o Messenger e WhatsApp, que já alcançam 900 e 1 bilhão de usuários, respectivamente. Por último, nos próximos 10, as apostas chave são a realidade virtual (para isto adquiriram Oculus) e a inteligência artificial.
Imagens: Facebook