Geração Z: mais globais, mais digitais e mais realistas

Por , 29 de April de 2016 a las 15:00
Geração Z: mais globais, mais digitais e mais realistas
Futuro

Geração Z: mais globais, mais digitais e mais realistas

Por , 29 de April de 2016 a las 15:00

O autêntico coletivo de nativos digitais, os primeiros que nascem com o smartphone, chega ao mercado com tudo e marcando suas próprias regras. Trata-se dos jovens nascidos entre 1994 e 2010. Querem mudar o mundo e são muito ativos na criação de conteúdos. São multiplataforma e multitarefa. Rápidos e exigentes. Vivem mais online que offline. É a Geração Z e, cada vez mais, começam a ser o foco de atenção das empresas.

Nasceram entre 1994 e 2010. São aproximadamente 2 bilhões no mundo e 2% já está em idade de trabalho. Estamos falando dos integrantes da Geração Z, ou dos também chamados “irmãos mais novos” dos millennials que protagonizaram a famosa Geração Y. É verdade que ambas as gerações compartilham algumas características em comum, as diferenças entre ambas são também significativas. Os integrantes da Geração Z, ao contrário dos millennials, nascem em um período de crise econômica, e esta circunstância marca esta geração radicalmente, transformando-os em indivíduos mais realistas, mais empreendedores, pragmáticos, mais autônomos, com mais iniciativa e mais críticos. De fato, esta geração quer mudar o mundo e tem uma maior visão de futuro.

Profissionalmente, estes jovens dão mais valor ao desenvolvimento profissional à estabilidade financeira, preferem trabalhar em projetos de hierarquias diluídas, consideram crucial a conciliação entre a vida profissional e pessoal, e sonham com o próprio negócio (20% mais que os millennials). E um dado importante, assumem com total naturalidade a mobilidade geográfica. Não é para menos, se consideramos que calculam que se mudarão de casa umas 15 vezes ao longo de suas vidas.

Socialmente possuem mais consciência coletiva que seus irmãos maiores (Geração Y), o que se traduz em uma maior preocupação pela saúde, pela ecologia e pela economia. Definitivamente, são mais realistas, mais globais e mais digitais do que os millennials.

Outra diferença radica em que para eles não há um mundo online e um mundo offline, ambos convergem no que é sua realidade. Isto faz com que o uso dos meios digitais, pela Geração Z, seja mais responsável e consciente que as gerações anteriores. Aplicam em ambos mundos as normas de comportamento que aprendem, por isso são mais conscientes de que o que fazem no mundo virtual afeta a sua identidade do mesmo modo, ou mais, que suas atuações no mundo físico.

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Uma relação inata com a tecnologia

Os integrantes da Geração Z nascem conectados. Se pode dizer que chegam ao mundo com um “smartphone debaixo do braço”. Até 65% destes jovens poderia dar aulas relacionadas com algum aspecto da tecnologia aos mais velhos; e um terço deles estuda já com materiais online. De fato, aprendem continuamente a partir de diferentes plataformas e meios digitais. Preferem a imagem para se comunicar e YouTube é, por exemplo, seu espaço natural: nada menos que 70% dos Z passa mais tempo neste canal que vendo televisão. Isso sim, optam por vídeos curtos, mensagens rápidas e por novas redes sociais como Snapchat, Kik, Secret ou Whisper, mesmo que Facebook continua sendo uma parte importante de suas vidas. Todo este contínuo movimento pelas redes sociais, aplicativos e plataformas digitais em geral transforma os jovens da Geração Z em verdadeiros mestres na arte de manejar várias telas de maneira simultânea: são capazes de visualizar até cinco, comparado com as duas telas dos millennials. O lado menos positivo destas habilidade é que, logicamente, seu nível de atenção é menor: 8 segundos comparados aos 12 do ano 2000. E até 11% destes jovens têm o diagnóstico de déficit de atenção.

Outra consequência desta imposição da “comunicação digitalizada” é uma lógica diminuição das habilidades pessoais destes jovens no mundo presencial. Suas vidas acontecem na maior parte do tempo no universo online e, portanto, é aí precisamente onde brilham as habilidades deste coletivo “multitask”.

Preferem criar a compartilhar conteúdos

Além de utilizar mais as redes sociais e as imagens para se comunicarem que os millennials; outra característica que diferencia a Geração Z em relação a seus antecessores é que dão preferência a criar mais que a compartilhar conteúdos. Constroem suas próprias marcas pessoais e procuram conteúdos que os ajudem nesta tarefa. E este importante detalhe não está passando inadvertido pelas empresas. Muitas delas vêm estudando há muito tempo o comportamento e os hábitos desta nova onda de consumidores que não se conformam com ser sujeito passivo das marcas. Os jovens Z querem produzir seus conteúdos. E não se trata só de personalizá-los, mas também de participar na própria criação dos mesmos.

As marcas também perceberam que para alcançar a este “exigente” público devem utilizar diferentes suportes e meios. A melhor opção são os modelos de cross-platform, onde tudo está relacionado. Tudo o que se faz deverá ter sentido de forma conjunta, pois os Z pularão de uma plataforma para outra com rapidez, voracidade e impaciência.

Como dizia, esta nova geração de jovens digitais cada vez desperta mais interesse no mundo empresarial. Grandes marcas da Internet já realizam seus testes e provas de conceito com este público por sua crescente importância e poder de decisão. Para alcançá-los, deve-se adaptar estratégias e entender seus valores. Um dado que ilustra esta ideia é que até 59% compraria produtos de empresas com capacidade para melhorar o mundo.

Chegaram com tudo e trazem suas próprias regras para o jogo.

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