O robô mais realista até o momento é capaz de falar e interagir com humanos

Por , 26 de April de 2016 a las 19:00
O robô mais realista até o momento é capaz de falar e interagir com humanos
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O robô mais realista até o momento é capaz de falar e interagir com humanos

Por , 26 de April de 2016 a las 19:00

Jia Jia é o primeiro robô interativo criado na China. Possui características femininas e, ainda que neste momento não pode rir ou chorar, já pode falar e realizar interações básicas com humanos.

Longe ficaram os tempos em que, nas grandes feiras de robótica, só eram mostrados andróides que tentavam simular movimentos humanos mas que, na prática, tinham muito pouco a ver, tanto na estética que mostravam como em sua inteligência artificial, com movimentos e gestos naturais. A prova desta mudança é oferecida pelo robô Jia Jia, que tem formas femininas e foi criado pela University of Science and Technology da China. Do nosso ponto de vista, é o robô com o aspecto mais humano até o momento; ainda que, por sorte, não se caracteriza só por isto.

Jia Jia também pode falar e interagir com humanos, não só através das palavras, mas também com gestos e expressões faciais. Graças a sensores incorporados pode inclusive reconhecer quando estamos próximos a “ela”, e nos recomendar que esse selfie que estamos fazendo com ela, seja feito a maior distância, pois pode fazer parecer que seu rosto está um pouco acima do peso. A criação significou o primeiro robô interativo completamente desenhado na China, o que não é pouca coisa, já que a robótica é uma das áreas que a potência asiática quer desenvolver para depender menos economicamente da mão de obra.

JiaJia2

Para a criação de Jia Jia, o grupo de pesquisadores precisou de três anos, prestando atenção em detalhes como o movimento dos lábios ou dos olhos. Os desafios pendentes, muito complexos, encontram-se na expressão de sentimentos mais radicais, como o riso ou o pranto, nos que, em uma pessoa, trabalham muitos mais músculos e onde o resto é “difuminado” com mais facilidade.

O aspecto das mãos e seu movimento também é um clássico quebra cabeças, uma vez que ou parecem muito “robóticas” ou têm o aspecto é de manequim inerte. Para a versão 2, ainda que esta primeira não seja comercializada, pretendem trabalhar nisto e em integrar o reconhecimento facial dos interlocutores e um nível maior de deep learning.

Por outro lado, não faltaram críticos que afirmam que sua atitude submissa supõe prolongar no tempo o estereótipo machista que a mulher sofre na sociedade. De acordo com seus criadores não foi esta a intenção, mas o problema real é que é verdade que estes projetos costumam estar baseados na figura feminina com o objetivo de chamar mais atenção.

Imagens: University of Science and Technology da China

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