O gigante escondido: China quer liderar a adoção de carros autônomos

Por , 18 de April de 2016 a las 07:00
O gigante escondido: China quer liderar a adoção de carros autônomos
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O gigante escondido: China quer liderar a adoção de carros autônomos

Por , 18 de April de 2016 a las 07:00

Os carros autônomos na China oferecem um valor agregado aos habitantes das cidades maior que o oferecido em lugares menos habitados.

Volvo colocará 100 carros autônomos na China para testá-los nas ruas. Esta iniciativa da marca sueca, que desde 2010 pertence ao grupo de automotivo chinês Geely, vem acompanhada de outros projetos, que estão sendo realizados no gigante asiático, cujo impulso neste setor é cada vez maior. A ideia da Volvo é testar, em condições reais, uma frota considerável de veículos autônomos, de forma que possam se possam calibrar muitas variáveis que, em testes menores, quase não são relevantes.

O fabricante sueco primeiro testará outra frota, ou talvez a mesma de 100 carros autônomos nas estradas e vias públicas da Suécia. A iniciativa está prevista para 2017 e a partir deste momento começará a se pensar em reproduzir a experiência em cidades da China.

A empresa ainda tem que debater com as autoridades do país sobre como podem ser realizados os testes, para os quais deverá existir um marco regulatório especial. Volvo tem a convicção de que os carros autônomos podem ser um grande salto para a segurança rodoviária, tanto é assim que se pronunciou publicamente afirmando, que assumiria as consequências legais caso seu sistema fosse o causador de um acidente, um aspecto que as legislações atuais não deixam claro de momento.

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O fato de que Volvo tenha escolhido a China para realizar seus testes é um espelho do interesse que a China está colocando neste campo. Um estudo realizado pelo Boston Consulting Group estimou que em 15 anos o gigante asiático será o maior mercado de carros autônomos, sendo os taxis com piloto automático a vanguarda desta tendência.

É que os carros autônomos na China já têm meio caminho andado por vários motivos. O primeiro deles é que as condições são favoráveis, pois o governo nacional e as autoridades locais facilitam adotar a tecnologia, tanto legalmente, quanto com um apoio mais proativo.

Ter um carro próprio na China se transformou, como foi antes em muitos outros países, em um símbolo de poder social, razão pela qual muitas pessoas compraram veículos. Porém, dirigir em populosas ruas das grandes cidades chinesas, cheias de semáforos, não é uma experiência agradável.

O valor dos carros autônomos decola em função do tempo que economizam. Sem dúvida, quanto maior é esse tempo que os motoristas permanecem presos no tráfego e que podem realizar outras tarefas, de lazer ou de trabalho, maior é o valor da nova tecnologia.

E são várias as empresas chinesas que estão trabalhando em veículos autônomos. O gigante das buscas asiático, Baidu, é o caso mais conhecido, mas há outros. Leshi Internet Information & Technology, especializada em vídeo online e gadgets, possui uma unidade de desenvolvimento de carros autônomos, enquanto o fabricante automotivo Great Wall Motors, abriu um centro de inovação no Vale do Silício, sem dúvida pensando em pesquisar este tipo de tecnologia.

Imagens: Vladimir Yaitskiy e Volvo

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