A chegada da tecnologia ao futebol está muito perto

Por , 9 de April de 2016 a las 18:00
A chegada da tecnologia ao futebol está muito perto
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A chegada da tecnologia ao futebol está muito perto

Por , 9 de April de 2016 a las 18:00

A tecnologia revolucionou nossas vidas e o esporte não é nenhuma exceção. De aplicativos para ver o rendimento e a progressão dos treinamentos de qualquer torcedor até o mundo do esporte profissional, onde o futebol, finalmente, deu um passo à frente e introduzirá o vídeo, o que se transformará na maior mudança em mais de 100 anos de história.

O futebol, considerado o esporte rei, quer acabar com a polêmica dos gols fantasmas, dos erros arbitrais… assim que o novo presidente da FIFA, o suíço Gianni Infantino, confirmou o início dos testes para a utilização de vídeo pelos árbitros durante um período de pelo menos dois anos.

Depois de muitos anos de protestos dos clubes, estamentos esportivos, e dos torcedores para que, finalmente, esta medida possa começar a ser desenvolvida a utilização do vídeo para ajudar os árbitros e terminar com os escândalos e erros que dominam as primeiras páginas dos jornais e que, muitas vezes, custam títulos aos clubes e decepções aos torcedores.

Então, a International Football Association Board (IFAB) e a FIFA adotaram esta decisão histórica na assembleia celebrada em Cardiff (Gales), que preparará o caminho para a introdução da visualização do vídeo ao vivo para os árbitros.

“Realmente tomamos uma decisão histórica para o futebol. A IFAB e a FIFA estão liderando o debate e não vão pará-lo” afirmou Gianni Infantino, presidente da FIFA.

Antecedentes e polêmicas

Olhando para trás, o esporte sempre foi reticente quanto ao uso das novas tecnologias, mas a evolução e a inovação acabaram se impondo a um cenário tão hermético como o do futebol, do qual se conhecem grandes proezas, mas também, grandes polêmicas como o gol anulado da Alemanha, na Copa do Mundo de 1966, em um jogo contra Inglaterra que terminou com a vitória inglesa de 4 a 2.

Outro famoso gol, foi o de Diego Armando Maradona com a conhecida “Mão de Deus”, contra a Inglaterra na Copa do Mundo de 1986. De fato, os anos passaram e ninguém via com relativa claridade a implantação da tecnologia até que, de novo, na Copa do Mundo de 2010 na África do Sul se voltou a especular com seu uso, após o incidente no jogo que enfrentava a Inglaterra contra a Alemanha, um fato que recordava o que tinha acontecido 44 anos antes.

Aos 38 minutos da primeira parte com o resultado de 2 a 1 a favor dos alemães quando o jogador inglês, Frank Lampard, lança um disparo potente de fora da área que toca no travessão, quica dentro do gol, rebate para fora e o jogo continua com os protestos dos jogadores da seleção inglesa. Neste contexto, em uma época de repetições de diferentes ângulos e a negação em utilizar a tecnologia para ajudar aos juizes, Jorge Larrionda cometeu um desses erros que ficaram gravados na lenda das copas do mundo.

Assim foi como esta situação favoreceu a volta ao debate e a seguinte pergunta: Quando começará a ser utilizada a tecnologia no “esporte rei”?

Para que nada disto voltasse a acontecer, na Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil foi instalado um dispositivo com sete câmeras em cada gol, capazes de emitir 500 frames por segundo em imagens 3D, fazendo com que o resultado da jogada chegasse ao pulso do árbitro através da vibração do relógio para saber se a bola tinha atravessado a linha ou não.

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O objetivo é evitar que estes erros voltem a acontecer

O objetivo da utilização do vídeo é evitar decisões incorretas que acabem em situações que inclinem a balança para um lado, como os gols fantasmas, pênaltis inexistentes, expulsões…

Para isto, a International Football Association Board (IFAB) criou um caminho para estabelecer a tecnologia do vídeo ao vivo, onde o árbitro assistente terá acesso às repetições durante a partida e revisará a situação do jogo a pedido do árbitro ou se comunicará com ele para indicar algum erro ou incidente que foi passado por cima.

Como será o processo de teste?

Durante as próximas semanas a IFAB e a FIFA, se reunirão com organizadores de torneios, para definir um calendário de testes de 24 meses. Tudo começará com uma primeira fase, em um ambiente controlado para a preparação dos árbitros em treinamentos e jogos amistosos e uma segunda fase, onde serão modificadas as conclusões da primeira para levar a tecnologia do vídeo ao ponto máximo da utilização em uma partida de qualquer competição.

Gianni Infantino, presidente da FIFA, afirmou que, “devemos valorizar o impacto que a utilização da tecnologia tem sobre o desenvolvimento do jogo. Devemos analisar o que é o melhor para o futebol”.

Uma decisão histórica para o futebol, já que seus dirigentes ouviram os torcedores e os próprios jogadores, para que a utilização da tecnologia ajude a melhorar ao considerado como o “esporte rei”.

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