Jeff Bezos possui um objetivo ambicioso. Em 2017, o fundador da Amazon quer que sua empresa espacial, Blue Origin, realize testes de vôos tripulados. Seriam vôos suborbitais, pois este é o ambiente em que operam os foguetes da empresa, que realizou testes com êxito nos últimos meses. O que teve mais destaque, foi a reutilização de um de seus foguetes, que após uma primeira viagem espacial voltou a voar, dois meses depois.

O New Shepard, o foguete que a Blue Origin utilizou em novembro passado e voltou a utilizar no final de janeiro, chegou até os 100 km de altura. Estes vôos são os que a Blue Origin gostaria de realizar em 2017. Pelo menos, é o que deixou transcender as palavras que pronunciou Jeff Bezos durante uma visita da imprensa às instalações de sua empresa em Kent, no estado de Washington.

Blue Origin, não está aceitando reservas de vôos espaciais e ainda não sabe se serão muitos os interessados em se transformarem em turistas espaciais, mas o certo é que a empresa caminha para ser a primeira entidade privada que ofereça vôos tripulados para as massas.

De momento, Bezos afirmou que o objetivo era aperfeiçoar a tecnologia e o equipamento para poder realizar 100 vôos suborbitais por ano. Evidentemente, a segurança é a prioridade número um, no que se refere aos vôos tripulados. A reutilização dos foguetes é uma das chaves, para realizar este tipo de atividade comercial. É que reutilizar o hardware fará com que os foguetes possam se transformar em uma espécie de cruzeiro, que possa sair periodicamente de uma base para sulcar os céus e logo possa retornar ao ponto de partida.

A empresa possui neste momento 600 empregados e Bezos acredita que este sonho que o acompanha desde criança, como contou, seja rentável no futuro. O dinheiro de momento provém da venda dos motores de foguetes a terceiros. Seu modelo de reutilização dos veículos espaciais também poderia gerar rendimentos, se bem que para isto ainda teríamos que esperar.

Imagens: BenjieFreund.com e Blue Origin