Shelley, o carro autônomo de Stanford que ultrapassa os 180 km/h

Por , 4 de April de 2016 a las 07:00
Shelley, o carro autônomo de Stanford que ultrapassa os 180 km/h
Futuro

Shelley, o carro autônomo de Stanford que ultrapassa os 180 km/h

Por , 4 de April de 2016 a las 07:00

Cientistas da Universidade de Stanford estão testando um carro autônomo que ultrapassa os 180 km/h, com a finalidade de encontrar os limites da direção com piloto automático.

O fato de que um carro autônomo ultrapasse os 180 km/h, não é nenhum mérito tecnicamente falando. No fim das contas, a maioria dos veículos comerciais de hoje em dia são capazes de alcançar esta velocidade e um carro autônomo não é mais que um automóvel convencional ao que foi incorporado um sistema de piloto automático. No que se refere ao motor, portanto, as dificuldades não existem. Mas quando falamos da direção, é outra coisa, claro. Mas mesmo assim, por que se concentrar nessas velocidades quando, na maioria dos países, a velocidade máxima na estrada é muito menor?

Na Universidade de Stanford estão fazendo isso, testam um Audi TT S, apelidado Shelley, que roda por um autódromo a mais de 180 km/h. Os cientistas que realizam os testes têm boas razões para fazê-lo. Seu trabalho poderia ser comparado com a pesquisa que se realiza com os carros de Fórmula 1, cujas inovações acabam chegando, algumas, aos automóveis comerciais com o tempo.

Neste caso não se fala de velocidade ou potência, mas sim de segurança. Os cientistas de Stanford utilizam Shelley como cobaia para determinar em quais situações o sistema de direção autônoma pode ter dificuldades. Se trata de forçar a máquina ao máximo para colocar o software contra a parede, o conjunto de sensores e componentes que formam o sistema.

Dessa maneira os cientistas pretendem criar os casos mais extremos em seus testes, antecipando-se ao que possa acontecer em situações reais. Graças a estes experimentos estão desenvolvendo e aperfeiçoando algoritmos para mudar de faixa em uma situação de emergência. Se trata de uma função que no futuro poderia ser útil para qualquer carro autônomo.

Shelley, que está sendo testado em um autódromo para não ter limitações no que se refere à velocidade e evitar o risco de uma circulação com tráfego real, está aprendendo a girar da melhor maneira possível em cada curva. O objetivo é que o sistema de direção autônoma do veículo seja o mais parecido ao de um piloto de corridas experiente.

De fato, ao mesmo tempo que melhoram seus algoritmos baseados em Shelley, os cientistas de Stanford estão trabalhando em um projeto para “traduzir” o comportamento de um motorista a software e em informação digital. A intenção é que no futuro um carro autônomo possa funcionar como se estivesse sendo dirigido pelo mais experiente piloto de corridas.

Imagem: awcole72

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