A arquitetura empresarial como motor das plataformas digitais

Por , 18 de March de 2016 a las 23:00
A arquitetura empresarial como motor das plataformas digitais
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A arquitetura empresarial como motor das plataformas digitais

Por , 18 de March de 2016 a las 23:00

Por que as plataformas digitais devem ser governadas por uma arquitetura de processos, informação e aplicações.

Estamos imersos em uma transformação digital massiva.

Transformação digital como evolução do modelo produtivo das empresas, como mudança do modelo de relação destas com seus clientes, como rompimento nos modelos de negócio e, finalmente, como mudança na sociedade, mudança radical da forma em que trabalhamos, em que nos comunicamos, nos organizamos, nos divertimos, nos relacionamos, vivemos…

Uma transformação que surge e se apoia na explosão das tecnologias digitais, nas comunicações fixas e móveis, na banda larga, na Internet, nos aplicativos, na nuvem, na mobilidade, nas redes sociais, no Big Data…

Um dos conceitos que traz consigo a transformação digital é o das plataformas. Um nome que abrange dois fenômenos com uma raiz comum, mas muito diferentes em suas implicações.

Por um lado, as plataformas como modelo de negócio, como ecossistemas em que um protagonista coordena uma rede de agentes e sócios, empresas ou pessoas, que sob um modelo comum interagem para somar um valor diferencial aos mercados e clientes.

E as plataformas como modelo operacional, como forma em que as diferentes unidades de uma empresa interajem entre si, se coordenam e agregam valor a seus clientes.

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Embora as plataformas sejam principalmente um conceito de negócio, o certo é que como motor técnico e base sustentadora, habilitadora e imprescindível, encontramos a tecnologia TI avançada, tecnologia que integrando conceitos como BPM e SOA proporcionam o entorno tecnológico, que permite e intensifica essas interações entre as unidades de negócio e destas com seus sócios.

Mas necessitamos mais que um modelo de negócio e tecnologia, para que uma plataforma funcione corretamente. Necessitamos um governo e princípios diretores que proporcionem coerência, totalidade e integridade aos módulos que formam a plataforma.

E no centro desses princípios diretores, encontramos o conceito da arquitetura empresarial: uma ideia que foi introduzida por Zachman em 1987 em seu famoso artigo ‘A framework for information systems architecture’, que evoluiu da visão dominada pela perspectiva TI a uma visão mais focada no negócio.

A arquitetura empresarial, nos proporciona uma estrutura para os conceitos empresariais. Mesmo que existam muitas variantes e nenhum modelo claramente dominante, podemos considerar que uma arquitetura empresarial geralmente inclui os seguintes três planos:

  • Um plano de processos da empresa
  • Um plano de informação corporativo
  • Um plano de aplicações

Estes três mapas costumam vir acompanhados de uma arquitetura tecnológica e de integração que guiam e limitam a construção e integração de sistemas, selecionando meios tecnológicos e padrões.

O papel da arquitetura empresarial é proporcionar totalidade, ordem e coerência, oferecendo, nos três planos indicados, processos, informação e aplicações, um mapa onde os elementos que os compõem possuem essas três propriedades:

  • A união de todos os elementos de cada mapa (processo, informação ou aplicativos) proporciona a visão geral da empresa neste plano
  • Os elementos de cada plano não se sobrepõem entre si
  • Não existem gaps entre os elementos de um mapa

Além disso, os elementos dos mapas se relacionam entre si com uma localização perfeita e conhecida:

  • Os processos de negócio utilizam entidades de informação e se implementam sobre aplicaçõess
  • As entidades de informação se hospedam nas bases de dados e o software dos aplicativos e constituem os dados que manipulam os processos de negócio.
  • Cada aplicativo implementa uma série de elementos de processo e gerencia uma série de entidades de informação.

No âmbito privado ou nas relações C2C, as coisas podem progredir de muitas maneiras, mas quando estamos falando de negócios e do âmbito corporativo, as empresas que aspiram à liderança no mundo digital, estão certas em aperfeiçoar e colocar em ação suas plataformas digitais e, ao fazê-lo, dirigir essas plataformas com os princípios da arquitetura empresarial.

Foto de cabeçalho Andres Garcia 

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