A violinista que voltou a fazer a música (graças a um EEG)

Por , 12 de March de 2016 a las 12:00
A violinista que voltou a fazer a música (graças a um EEG)
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A violinista que voltou a fazer a música (graças a um EEG)

Por , 12 de March de 2016 a las 12:00

Uma violinista incapacitada por 27 anos foi capaz de criar música usando um dispositivo de EEG, chamado Brain Computer Music Interface.

Rosemary Johnson sofreu um acidente de carro há 27 anos, que a deixou sete meses em coma. Ela sobreviveu, mas tinha lesões cerebrais que afetaram sua capacidade de falar e seus movimentos. O acidente sobreveio a Rosemary com 23 anos, quando era membro da Orquestra da Ópera Nacional Galesa, uma das mais proeminentes do Reino Unido. Ela tocava violino e sua posição augurava uma promissora carreira na música.

Para uma pessoa que aos 23 anos tinha uma posição de destaque na cena musical britânica, é fácil supor que as melodias, ritmos e compassos tinham sido objetivo contínuo de seus esforços e paixão. A partir desse momento, no entanto, Rosemary só poderia voltar a tocar alguns acordes em um piano com a ajuda de sua mãe.

Rosemary pode agora selecionar notas, intensidade e velocidade, bem como frases. É a coisa mais parecida a compor uma música que ela fez nos últimos 27 anos. Olha para uma tela de computador e se concentra nas cores que aparecem, primeiro uma, depois outra. Varia entre elas, até mesmo brinca com seu nível de concentração para dar forma às notas representadas por cada cor.

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Do outro lado do computador um músico toca a composição que Rosemary criou. Ela usa uma interface de eletroencefalografia, um capacete EEG equipado com eletrodos que podem ler os sinais elétricos do cérebro. Quando a violinista seleciona uma nota o músico a vê em tempo real, em outra tela.

O sistema é chamado de Brain Computer Music Interface e é o resultado de um projeto que leva dez anos em execução. Foi desenvolvido na Universidade de Plymouth e o Royal Hospital for Neuro-disability, localizado em Londres, a fim de dar aos pacientes com deficiências físicas uma ferramenta de comunicação.

A ideia é que o Brain Computer Music Interfacing funcione como um jogo de música, de modo que os usuários possam selecionar melodias, peças ou notas de uma forma simples. Fora o aspecto musical, o sistema tem benefícios para qualquer paciente que esteja em uma situação de deficiência. Trata-se de uma ferramenta de expressão e também pode ser usada para interagir com as pessoas, incluindo outros pacientes que estão na mesma situação.

O caso de Rosemary é especial e é por isso que foi uma das primeiras a testar o sistema. Quase três décadas mais tarde, a violinista voltou a compor música e foi capaz de ouvir os sons da sua própria criação.

Imagens: kymayo7 e Universidade de Plymouth

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