Depois de obter grandes resultados separadamente, perovskita e pontos quânticos se uniram com resultados surpreendentes.
Já falamos sobre a importância da perovskita no futuro dos painéis fotovoltaicos quando, em 2012, foi descoberto que as células davam um rendimento 19% maior do que as células tradicionais, feitas principalmente de silício, que também requer mais energia no processo de fabricação. Também foram tendência os quantum dots, cuja principal aplicação está dando em painéis LED, com um rendimento que já não acreditavam ser possível em uma tecnologia estagnada. Pesquisadores da Universidade de Valência, conseguiram que ambos materiais interagissem, com grandes resultados.
Graças ao estudo, verificou-se através da medição do estado esciplex, que foi conseguido com a união de pontos quânticos coloidais e perovskita de haletos. Assim, determinou-se que o comprimento de onda obtido em conjunto é muito maior que o alcançado separadamente, além de ser facilmente manipulável, permitindo continuar a investigação na procura de aplicações práticas. Por agora, as mais interessantes podem estar onde mais se precisa, ou seja, na obtenção de energia fotovoltaica, embora possíveis aplicações de LED não deixam desprezíveis desejar, considerando os desafios que o OLED supõe como o futuro das tecnologias da imagem.
As perovskitas híbridas de haleto de chumbo são extremamente interessantes porque possibilitam a absorção de luz no ultravioleta visível, assim como sua luminescência e condutividade elétrica, que é necessária para as aplicações de painéis solares fotovoltaicos. Para os gestores do projeto, se é possível fazer um fóton como resultado da combinação do eletrodo de um material e o vácuo do outro, também seria possível conseguir absorvê-lo, o que aumenta as possibilidades de captar a luz procedente do sol com melhor aproveitamento em placas solares de banda média, em comparação com as atuais, estreitas.
A equipe de pesquisa vai continuar, por enquanto, pesquisando o design de novos materiais fotoativos e as possibilidades das nanopartículas para aplicação em vários campos.
Imagens | Argonne National Laboratory e pixabay