Um feixe de radiação do tamanho da nossa galáxia

Por , 5 de March de 2016 a las 18:00
Um feixe de radiação do tamanho da nossa galáxia
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Um feixe de radiação do tamanho da nossa galáxia

Por , 5 de March de 2016 a las 18:00

Cientistas de Cambridge descobriram um feixe de radiação do tamanho da nossa galáxia, que viaja na velocidade da luz, emitido por um buraco negro supermassivo. A boa notícia é que se encontra a 500 milhões de anos luz de nosso planeta.

Um buraco negro é um fenômeno espacial onde existe uma concentração de massa o suficientemente alta para gerar um campo gravitacional próprio, do qual nenhuma partícula material pode escapar. Nos anos 70, Stephen Hawking previu que estes corpos também poderiam emitir radiação. Este caso demonstra a veracidade da teoria do astrofísico.

O telescópio espacial Chandra utiliza raios X para observar qualquer anomalia em nossa galáxia. Os cientistas de Cambridge, em Massachusetts, que analisam periodicamente os dados que este telescópio lhes fornece, recentemente descobriram um fato sem precedentes.

Chandra2

Como a maioria das galáxias, que compõe o universo, em Pictor A, situada a mais de 500 milhões de anos luz da Terra, existe um buraco negro supermassivo, que forma seu centro. Estes fenômenos espaciais contam com o que se denomina como ‘horizonte de eventos’, o ponto na qual a energia gravitacional do buraco negro já não atrai a matéria. Toda a energia que cruza este umbral produz um colossal raio, que neste caso se estima que tenha um diâmetro de umas três vezes nossa galáxia, a Via Láctea.

Um feixe de Raios X supermassivos

É impossível não fazer referência à saga Star Wars, para explicar de certo modo o poder e o perigo que representa este fenômeno espacial. De fato, até os próprios especialistas utilizam esta referência. E é que, como acontece sempre, a realidade supera a ficção. Neste caso, as letais armas da super estação espacial, pareceriam insignificantes ao lado do raio sobre o que estamos falando.

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Para obter dados mais precisos sobre o fenômeno, se cruzaram os dados obtidos através do Observatório Chandra (raios X) em vermelho, com os da Australia Telescope Compact Array (ondas de rádio) em azul. A informação obtida diz, que o jato de energia da Pictor A emite radiação X a uma distância de 300.000 anos luz. O processo de radiação, tal e como comentam os próprios pesquisadores, se baseia em que os elétrons giram ao rededor das linhas de campo magnético, um processo denominado como radiação de síncrotron.

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Por sorte, parece que além da grande quantidade de quilômetros que mediam entre o feixe de radiação e nosso planeta, este segue um rumo no qual em nenhum momento se cruzaria com a Via Láctea. Qual será o destino deste raio?

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