Um quebra-molas inteligente que gera eletricidade quando os veículos passam

Por , 16 de February de 2016 a las 07:00
Um quebra-molas inteligente que gera eletricidade quando os veículos passam
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Um quebra-molas inteligente que gera eletricidade quando os veículos passam

Por , 16 de February de 2016 a las 07:00

Enquanto um único carro passa, já é possível gerar energia suficiente para alimentar uma lâmpada durante 30 segundos.

Um dos avanços e inovações tecnológicas mais interessantes no campo da energia nos últimos anos está relacionado com os denominados sistemas passivos de captura e armazenamento de energia a partir da energia mecânica. Esta lombada inteligente, capaz de gerar eletricidade quando um carro passa é um bom exemplo disto, e promete ser uma alternativa viável para alimentar a rede de iluminação pública com a energia gerada.

O investimento em pesquisa e desenvolvimento de fontes de energia alternativas se transformou em um elemento chave para solucionar os futuros problemas de abastecimento energético enfrentados pelo ser humano. Por isso, os pesquisadores estão tratando de aproveitar a própria sinergia da cidade para desenvolver sistemas autônomos de obtenção de energia para retroalimentar as próprias infraestruturas urbanas.

Por que não aproveitar o tráfego rodado da cidade para gerar eletricidade?

Isto é o que deve ter pensado o empreendedor Ismael Batute, pouco antes de colocar mãos à obra e desenvolver um engenhoso sistema, que transforma os tediosos quebra-molas de redução de velocidade em um singular dispositivo urbano de produção de eletricidade. Basicamente, consiste em um dispositivo integrado no calçamento que capta a energia mecânica da passagem do veículo ao trafegar, para em seguida transformá-la em eletricidade e devolvê-la à rede elétrica.

O quebra-molas inteligente funciona a partir das tensões mecânicas de compressão exercidas pelas rodas do veículo sobre as 4 placas instaladas no calçamento. Ao comprimir cada uma destas placas quando um carro passa, a superfície cede alguns centímetros, ativando um sistema de roldanas cujo movimento é aproveitado por um gerador para produzir eletricidade. Uma quantidade mais que suficiente para acender uma lâmpada durante mais de 30 segundos.

Agora vamos imaginar esta lombada inteligente em um dos pontos habituais da cidade, onde todos os motoristas são obrigados a reduzir a velocidade diante da iminente presença de um cruzamento perigoso ou uma faixa de pedestres próxima a um colégio. Com a tecnologia de I-Bump se poderia transformar toda a energia gerada pelo fluxo contínuo de veículos, para obter eletricidade com um grau de rendimento muito elevado.

Além do mais, a instalação da lombada ecológica não requer obras importantes no calçamento. Com habilitar um espaço no asfalto para logo colocar o sistema de uma só peça, montada anteriormente na oficina de montagem. Depois de preso no calçamento com a fixação correspondente, só falta conectar o cabo de alimentação para devolver a energia capturada pelo I-Bump à rede de iluminação pública.

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O singular dispositivo de produção autônoma de eletricidade, criado por Batute, incorpora também um interessante sistema de telemetria para obter dados estatísticos em tempo real do número de veículos que circulam por um determinado percurso, além de outros dados relevantes como o peso, a velocidade e a energia gerada ao passar.

De fato, os dados como o peso e a velocidade são utilizados pela tecnologia do I-Bump, para ativar um sofisticado dispositivo de controle de velocidade que obriga a frear o veículo, caso circule muito rápido. Para isto, utiliza as leituras do peso dianteiro e traseiro do automóvel para calcular a velocidade em questão de milissegundos, e caso seja necessário ativar o sistema de segurança, que endurece o balanço das placas para obrigar o motorista a frear, se não quiser testar os amortecedores de seu carro.

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Considerando, que se trata de um sistema com um impacto mínimo sobre o meio urbano, cujo custo de implantação é bastante inferior ao lucro líquido que se poderia gerar para o conjunto da cidade, se poderia retroalimentar todo o sistema de iluminação pública com a própria energia gerada pela passagem dos veículos.

Imagens | via i-Bump

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