Já ouviu falar sobre a educação aberta? Se trata de fazer com que todas as pessoas do mundo, sem importar onde vivem ou seu status econômico possam aprender.
Nos países do primeiro mundo, a educação é uma experiência que se tem por certa. Desde crianças sabemos que iremos à escola e aprenderemos tudo o que necessitamos, desde somar e subtrair, passando por ler e terminando com a história de nosso país e do mundo.
Mas esta situação não é comum no mundo inteiro. Existem países do terceiro mundo onde a educação é algo muito difícil de alcançar porque não está disponível para todas as pessoas da mesma maneira. Por exemplo, na África a educação é um grande problema e mais de 40% da população maior de 15 anos é analfabeta. Mas, por que? A resposta é simples: dinheiro.
Na África há uma grande pobreza, muitos vivem com menos de um dólar por dia e a educação custa dinheiro, neste país e em muitos outros do mundo.
A educação costuma ser tratada como qualquer outro negócio: quanto mais dinheiro investir nele, melhor educação vai conseguir. Esta ideia se aplica tanto na educação primária quanto na universitária, e mesmo que esta premissa tenha suas vantagens, também apresenta grandes desvantagens para aqueles que não têm suficiente dinheiro para gastar nela.
É aqui quando entra a educação aberta, um conceito onde todos os cidadãos do mundo têm acesso à educação de alto nível sem importar seu status social e econômico.
O que é a educação aberta?
A educação aberta é uma filosofia sobre a forma onde as pessoas produzem, compartilham e constroem o conhecimento. Esta frase é usada para descrever as iniciativas que tentam fazer com que o acesso à educação e o treinamento sejam mais amplos, comparados com os sistemas educativos tradicionais oferecidos em quase todo o mundo.
A este tipo de educação se chama “aberta”, pois pretende eliminar as barreiras existentes nos sistemas de educação comuns, onde são negadas as oportunidades a muitas pessoas dependendo de seu status econômico. Para alcançar isto o melhor veículo é compartilhar o conhecimento e a informação que outros possuem, usando a tecnologia que há disponível no presente. Ao mesmo tempo, a educação aberta deve fornecer liberdade para que todos possam modificar e usar materiais educativos, para que a mesma comunidade continue compartilhando informação a pequenas e grandes audiências.
A importância da educação aberta
A maioria das pessoas querem aprender e, se possuem acesso livre e gratuito ao conhecimento e à educação, ajudamos a outros a forjar para si um melhor futuro como indivíduos e também como um membro da população de um país. Com o tempo, esta ideia será benéfica para todos.
Com a educação aberta os estudantes podem aprender coisas adicionais para complementar o que aprendem em sua instituição educativa, e aqueles que já trabalham podem conseguir a ajuda que necessitam para acabar um projeto. Aqueles que estão realizando pesquisas podem criar recursos mundiais com a informação que foi descoberta recentemente, e os professores e mestres têm novas maneiras de ajudar para que seus estudantes aprendam. A finalidade é que a educação esteja disponível, seja acessível, modificável e além disso gratuita.
Os recursos da educação aberta
Mesmo que a ideia da educação aberta pareça muito utópica, já existem recursos que oferecem este tipo de aprendizagem. O mais conhecido é a famosa Wikipédia, uma web que todos usamos para buscar informação de todo tipo e em diferentes idiomas, onde podemos aprender qualquer tema sem ter que pagar nem um centavo. Wikipédia, além do mais, é acessível desde qualquer lugar do mundo graças à Internet, e está aberta para ser modificada pelos próprios usuários, aqueles que ao mesmo tempo contribuíram para que seja tão completa como é hoje em dia.
Como Wikipédia há outros recursos similares na Internet: Khan Academy, Flat World, Curriki, Saylor Academy, MIT open courseware, CK12, Open Course Library, Siyavula, OER Commons, entre muitas outras.