Engenheiros de Michigan desenvolvem uma tela em braile para aproximar a matemática e apresentar tabelas e gráficos a pessoas com deficiência visual através de uma tablet.
Que a tecnologia melhora nossa vida é algo que quase ninguém duvida. Dispositivos para medir nossa atividade física ou horas de sono, métodos de detecção de doenças, sistemas para nos orientar em nossas cidades ou favorecer o teletrabalho. São alguns exemplos que empregamos em nosso dia a dia quase sem perceber. A última revolução tem agora como protagonista uma tela em braile, projetada para apresentar tabelas e gráficos às pessoas com deficiência visual.
Não é a primeira vez que vemos dispositivos em braile. Em 2014, a companhia OwnFone criou os primeiros telefones celulares projetados em braile através do uso da impressão em 3D. Depois, seriam os smatwatches os que utilizariam este criativo conceito, que pode mudar a vida daqueles afetados por qualquer tipo de cegueira.
Neste caso, a tela em braile foi desenvolvida por investigadores da Faculdade de Engenharia da Universidade de Michigan. Seu objetivo é que os leitores com deficiência visual, não só possam ler o que está nas tablets, mas também mostrar tabelas e gráficos para aproximar a matemática às pessoas cegas. Para isto os cientistas e engenheiros utilizaram os microfluidos para desenhar esta tela em braile, já que os sistemas de hoje em dia são muito caros. De acordo com a publicação em Engadget, a tecnologia atual está por volta dos 55.000 dólares, um preço muito elevado para uma tela em braile deste tipo.
O uso de microfluidos, de acordo com a informação proporcionada pela Universidade de Michigan, faria com que uma tablet deste tipo tivesse um custo menor que mil dólares. Os engenheiros conseguiram empregar líquido ou ar para preencher umas bolhas muito pequenas, que são encarregadas de ir formando as diferentes linhas de leitura. Assim as ciências e em particular, a matemática, podem ser facilmente acessíveis através de um dispositivo táctil deste tipo.
Em outras palavras, seria um modelo muito mais econômico para todos os bolsos, que faria que uma tela em braile fosse um dispositivo acessível para as pessoas com deficiência visual. Com este protótipo inicial, a tecnologia volta a demonstrar que é um pilar chave para a atenção da diversidade e para melhorar a vida das pessoas com deficiência visual. De acordo com a informação publicada em Technology Review, a primeira tela em braile poderia ser comercializada dentro de um ano ou um ano e meio se as investigações seguem frutificando. Tomara que possa ser logo uma realidade.
Imagens | Universidade de Michigan
