É bastante provável que a maioria de nós já tenha feito alguma vez roaming, mas sabemos com certeza o que é roaming e como é possível que os usuários possam usá-lo? Se tentarmos defini-lo em poucas palavras, falamos de roaming quando um usuário usa o seu telefone celular através de uma rede de comunicações de um país estrangeiro.
Para que os clientes possam aproveitar o roaming, a Telefônica Vivo tem que abrir acordos de serviços GSM, GPRS e/ou CAMEL com outros operadores de outros países. Quanto maior o número de operadores com quem se abra um acordo mais possibilidade teremos de fazer roaming ao viajarmos.
Os serviços GSM e GPRS são mais conhecidos, mas poucos sabem o que é CAMEL. As iniciais CAMEL significam: Customized Apllications for Mobile Network Enhanced Logic. O objetivo do CAMEL é manter e controlar a chamada da rede Home do celular que origina a chamada. Isto tem duas vantagens:
Os usuários móveis podem usar a mesma numeração que usam na rede Home quando está em roaming em uma área onde há CAMEL. Exemplo: se um cliente da Telefônica Vivo registrado na Argentina quer fazer uma chamada para um número internacional (com exceção do Brasil) terá que fazer uma sequência +(CC)MSISDN, onde CC é o código do país (country code) e MSISDN é o número que identifica o cliente (Mobile Station Integrated Services Digital Network). Enquanto que, ao fazer uma ligação para um número do Brasil poderá discar diretamente o MSISDN.
Outra vantagem é ser capaz de descontar e verificar o saldo pré-pago, ao mesmo tempo em que se efetua a chamada, porque, como dissemos antes, a ligação sempre vai primeiro para a rede “home”.
Como são os acordos de roaming entre os operadores?
Como muitos de vocês sabem, a Telefônica Vivo opera em 24 países com marcas como a Movistar, Telefônica, O2 e Vivo. Então, por que são abertos acordos com outras operadoras estrangeiras que não são do grupo Telefônica? O principal motivo é para evitar que os clientes da Telefônica Vivo continuem sem algum serviço (áreas sem cobertura, sobrecarga na rede…). Por exemplo, no Reino Unido, temos a operadora do grupo O2 UK, mas também temos acordo com outras operadoras, como a Cable & Wireless, H3G ou Orange. O objetivo é sempre que o cliente não se veja na situação de não ser capaz de utilizar o dispositivo.
Ao fazer um acordo com outra operadora de um país estrangeiro, podemos usar uma das seguintes maneiras:
Roaming direto, na que se realiza um acordo “ponto a ponto” entre a Telefônica Viva e a operadora estrangeira (por exemplo, E-Plus Alemanha). Será Roaming IN (desde nosso ponto de vista) quando um cliente de uma operadora estrangeira use a rede da Telefônica Vivo, enquanto que roaming OUT é o caso oposto, ou seja, o cliente da Telefônica Vivo usa a rede de uma operadora estrangeira.
Roaming através do HUB conhecido pelo nome Link2One, que poderia ser definido como uma “arquitetura estrela”, em que todas as operadoras que queiram se conectam à plataforma HUB e então decidem entre elas com quem desejam abrir um acordo, sem precisar assinar acordos bilaterais.
No caso de Roaming direto IN, os procedimentos habituais desde que se negocia com a operadora até a abertura do serviço são os seguintes:
- O departamento de negócio de roaming da Telefônica Vivo como da operadora estrangeira negociam sobre o serviço (GSM, GPRS e/ou CAMEL) que desejam abrir. A razão para este interesse pode ser devido principalmente ao aumento dos clientes da operadora estrangeira que visitam o Brasil.
- Uma vez negociado, a operadora estrangeira envia cartões SIM de teste para Telefônica Vivo para poder realizar os testes.
- O próximo passo é configurar a rede na Espanha, com uma série de processos, dependendo do serviço que se quer abrir. Apesar de não detalhar o que é configurado, é necessário entender que a configuração é feita para que o serviço negociado só funcione com cartões de teste e no local de teste.
- Após a conclusão dos testes IREG aqui no Brasi, o departamento de preços gera um arquivo para verificar se foi tarifado corretamente.
- Se tudo correr bem, o serviço testado abrirá comercialmente na data acordada por ambas operadoras.
Uma vez que conhecemos o procedimento para abrir um acordo, podemos entender que com o Roaming HUB se reduza o custo operacional associado com o estabelecimento de acordos bilaterais.
Para Roaming OUT,o processo seria exatamente o mesmo, mas em sentido inverso.