Aparecem diariamente em propagandas de televisão, banners na Internet e são a primeira coisa que olhamos quando surge a possibilidade de planejar uma viagem. São os meta-buscadores de viagens, ou o que é o mesmo um buscador de buscadores, e já se posicionaram como uma das maneiras mais populares para encontrar o hotel ideal
Você os reconhecerá por seus nomes: Kayak, Trivago, Tripadvisor, Hoteis.com… São alguns dos principais motores de busca, meta-buscadores, que exploram outros buscadores de viagens e agências on-line comparando preços entre seus diferentes canais de vendas.
O objetivo? Oferecer ao viajante, em uma única plataforma, uma busca rápida, econômica e coligida de sua viagem com base nos preços e disponibilidades em tempo real e redirecioná-lo ao site do hotel, serviço ou agência selecionada sem ter que consultar e comparar manualmente dezenas de sites de reservas.
E é que, com o avanço das novas tecnologias digitais, mudamos nossa forma de consumir de forma radical. Possivelmente, o setor do turismo seja um dos que sofreram mais alterações com a revolução digital, tanto em forma como em conteúdo, tanto em oferta como em procura.
A contratação de pacotes turísticos em agências de viagem físicas parece já uma ideia romântica do passado e as gerações anteriores no setor. Agora comprar passagens de avião, reservar quartos em um hotel ou escolher destinos de acordo com as opiniões de outros viajantes na Internet parece ser a norma, dado seu imediatismo, simplicidade e baixo preço nos custos.
É por esta nova forma de entender a viagem que os meta-buscadores estão ganhando cada vez mais adeptos frente às tradicionais agências de viagens on-line (OTAs, em siglas). Estas últimas são os canais de vendas on-line propriamente ditos, como as populares Booking, Destinia, Rumbo, Expedia ou eDreams.
Sua principal desvantagem frente aos meta-buscadores é que oferecem também um amplo e eficaz inventário de hotéis ao viajante, mas nesse caso as agências tradicionais on-line devem operar condicionadas às mesmas taxas estabelecidas pelas redes de hotéis.
Vários estudos sobre o setor demonstram claramente como meta-buscadores convencem os viajantes em todo o mundo. 50% dos entrevistados pelo portal Tripadvisor afirmaram que os meta-buscadores economizam tempo e ajudam a encontrar o preço certo.
Nos últimos dois anos, entre 2013 e 2015, 47% dos viajantes escolheram os meta-buscadores para comparar preços de hotéis, de acordo com dados do ResearchNow.
Em 2014, 54% dos chineses, 36% dos americanos e 35% dos ingleses os usaram para planejar suas viagens. No mesmo ano, na Espanha, a empresa de pesquisa de turismo PhocusWright estimou que 59% das reservas de hotéis foram feitas através do canal on-line.
O uso destes grandes motores de busca continuará aumentando de forma exponencial nos próximos anos. Os meta-buscadores passaram de registrar um bilhão de consultas em seus primeiros quatro anos de vida, de 2004 a 2008, para concentrar 1,6 bilhões de buscas apenas em 2013. E estima-se que seu uso triplicará até 2019, podendo alcançar 4,8 bilhões de buscas em todo o mundo.
Fonte: Elaborado pelo Innovation Lab Research, “Los meta buscadores y el sector hotelero”, , Novembro de 2015. Telefónica S.A.
Imagens: Shuttlestock