Na última década temos visto como as unidades de armazenamento, seja um disco rígido ou um pendrive, aumentaram consideravelmente as capacidades comerciais com as que chegam no mercado. Enquanto antes nos sentíamos confiantes com 80 ou 120 gigabytes em um disco rígido, hoje em dia tem quem enche 1TB (ou seja, 1.000GB) em um piscar de olhos e até mesmo sente a necessidade de um disco rígido externo.

O mesmo se aplica aos pendrives. Anteriormente tínhamos suficiente com ter unidades de armazenamento de 1GB ou até de 512MB. Hoje, o “normal” é ter um pendrive com pelo menos 16GB; e ao longo dos anos fomos acumulando, em todas as gavetas que temos pela casa, velhas unidades que consideramos já inúteis.

Mas não é bem assim. Existem diferentes usos que ainda podemos dar àquele pendrive velho de 512MB, 1GB ou 2GB, para reciclar esta unidade de armazenamento velha, tirá-la da gaveta e continuar a tirar proveito dela. Estes usos são mais práticos do que você imagina.

Proteger arquivos criptografados

Muitos postos de trabalho e profissões manejam constantemente arquivos e documentos com informações confidenciais que devem ser protegidas a qualquer custo e simplesmente não deve cair em mãos erradas ou ser visto por qualquer um. Criptografar os arquivos em um pendrive é uma opção a que podemos recorrer para maior segurança.

Para essa tarefa, existem programas como DiskCryptor, que permite rapidamente criptografar um pendrive, ou mesmo criptografar uma partição ou disco rígido inteiro. É simples de usar e cumpre com o trabalho de oferecer maior segurança aos documentos que não devem ser vistos por outros olhos. DiskCryptor, além do mais, é de código aberto e completamente grátis.

Aplicativos portáteis

Mais de uma vez já tivemos a necessidade de usar o computador de outra pessoa, seja de um amigo, família, da faculdade e do trabalho, ou mesmo de algum comércio, pela simples necessidade de realizar qualquer trabalho que dependa de um computador (ou seja, que não podemos fazer a partir do celular ou tablet) e não levar um laptop.

Usar um pendrive velho para levar sempre conosco os aplicativos que utilizamos mais frequentemente costuma ser de grande utilidade nestes casos. Há suites como PortableApps para tirar proveito de qualquer unidade de armazenamento (até funciona com memórias SD) para levar aplicativos como navegadores de Internet, clientes de e-mail, aplicativos de mensagens, escritório e até antivírus, prontos para uso em qualquer computador ao qual conectemos ao pendrive, para que possamos trabalhar de forma mais confortável nesse computador alheio, sem ter que instalar nenhum aplicativo novo.

Instalador de sistemas operacionais

Finalmente, para aqueles que precisam ter a mão a possibilidade de instalar facilmente um sistema operacional, por profissão ou paixão (amantes do software livre, por exemplo, gostam de testar constantemente diferentes distribuições de GNU/Linux) também podem ter um pendrive como “disco de inicialização” de um ou mesmo vários sistemas ao mesmo tempo. É claro que, neste caso, a capacidade do pendrive pode variar de 1GB a 4GB dependendo do sistema a instalar.

Os usuários que preferem testar distribuições GNU/Linux têm a disposição uma ferramenta muito útil chamada Yumi Multiboot USB Creator que permite levar não um, mas vários discos de inicialização para várias distribuições, em um único pendrive ao mesmo tempo (e é muito fácil de usar). Algumas distribuições como Ubuntu e Fedora já oferecem suas próprias maneiras de criar discos de inicialização USB. E, finalmente, no caso do Windows, a Microsoft oferece uma ferramenta gratuita na Windows Store para criar o disco de inicialização USB.

Como um bônus, em termos de segurança, há também o programa Predator, que permite que você use um pendrive para bloquear o acesso a um computador. Se o USB não estiver, monitor, mouse e teclado estarão bloqueados.

 

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