O último artesão da Game Boy: uma ode ao pixel grande em pleno 2015

Por , 10 de December de 2015 a las 15:10
O último artesão da Game Boy: uma ode ao pixel grande em pleno 2015
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O último artesão da Game Boy: uma ode ao pixel grande em pleno 2015

Por , 10 de December de 2015 a las 15:10

O desenvolvedor Patrick Rodriguez está criando e compartilhando novos jogos para este mítico videogame portátil. Uma forma original de reviver os 8 bits que marcaram crianças e jovens dos anos 90.

Natal de 1998. Como tantas outras crianças, Patrick Rodriguez desembrulha um pacote e encontra a desejada Game Boy Color roxa transparente, o então novo modelo com o que a Nintendo conquistou o mundo em 8 bits. Pouco depois, Rodriguez descobriu Pokémon Azul e, a partir desse momento, quis ter todos os jogos que encontrava pelo seu caminho até chegar a desenvolver os seus próprios.

“Fiquei impressionado ao ver como era possível criar um jogo tão complexo e emocionante para uma máquina tão pequena”, conta a Think Big. Mas, para continuar a satisfazer seu desejo de jogar teve que vender aparelho que nunca realmente coube no bolso e com a qual se podia ganhar batalhas em mundos imaginários em qualquer lugar.

Mais de 15 anos depois de abrir aquele presente, este desenvolvedor de Boston decidiu comprar pelo eBay um Game Boy velho que pintou, trocou os botões por outros mais coloridos, acrescentou retroiluminação para ver melhor a tela e instalou portos de áudio, a fim de gravar sons.

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Imagem: Patrick Rodriguez

Seu primeiro objetivo era compor música em 8 bits, uma moda recente que evoca os sons eletrônicos que transmitia o aparelho que tanto adorávamos alguns anos atrás. Depois de experimentar com um editor, ele percebeu que compor não era muito a sua praia, assim que decidiu usar suas habilidades de programação em outra iniciativa: desenvolver novos jogos para o velho Game Boy.

Muitas pessoas se surpreendem que ainda se façam videogames para estas plataformas e elas adoram jogá-los”, diz Rodriguez, que quando mostra seus jogos em alguns eventos locais, impressiona tremendamente o público.

Por agora, ele já criou seis jogos como parte de seu original projeto 8 Bitty Games. Os amantes do passado da Nintendo podem acessá-los a desde seu computador através de emuladores de Game Boy ou da antiga plataforma, uma relíquia gigantesca em comparação com smartphones atuais, com ajuda de um cartucho flash.

Então, se você está entre aqueles relutantes em jogar fora a máquina com que passou momentos divertidos, você pode estrear novos jogos e relembrar aquela estética que fez historia.

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Imagem: Patrick Rodriguez

O primeiro que Rodriguez criou foi Yarn Ball, um jogo simples onde temos que guiar um novelo de lã através de 23 níveis e que convenceu àqueles que o jogaram por ser “muito viciante”. A conceito original é, na verdade, de uma amiga de Rodriguez durante o Global Game Jam de 2013, o famoso encontro de criadores de videogames.

“Acabei desenvolvendo o jogo durante um mês e me diverti muito no processo, por isso pensei que poderia expandi-lo com um projeto maior”, assevera este criador. Usando seus jogos, também poderemos colecionar esferas, esquivar bolas ou dançar em um estúdio de dança, uma ideia inspirada num minigame do mítico The Legend of Zelda: Oracle of seasons.

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Imagem: Patrick Rodriguez

Este designer nostálgico quis prestar homenagem a todo o universo Nintendo: criou um jogo interativo, Barble 1290, para o qual é necessário a Game Boy Printer, a pequena impressora térmica que plasmava imagens e textos em pixel grande, ou um emulador.

A relação entre o homem e as máquinas é o argumento deste jogo, com o qual você pode imprimir “uma história de amor, perda e triunfo do espírito humano”.

Rodriguez levou tempo para conseguir fazer que o Game Boy e a impressora trabalhassem em conjunto. Programar velharias não é tarefa fácil. “As ferramentas que usamos para fazer os jogos foram criadas em 2000, e este é, provavelmente, o maior desafio, porque a biblioteca de código não é mais suportada e há um monte de erros de “software” que tenho que decifrar por minha conta” detalha.

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Imagem: Patrick Rodriguez

Apesar destas dificuldades, este desenvolvedor define o processo de design como “fácil e divertido” e aprecia positivamente tudo o que aprendeu. O esforço foi recompensado: alguns artistas do chiptune, a música em 8 bits, felicitaram-no pelo o jogo de música que criou.

Ele ainda tem que desenvolver os dois últimos jogos, mas de momento ele está estudando como fazê-los de forma que sejam diferentes e interessantes ao tempo. Embora o download seja gratuito, Patrick Rodriguez procura mecenas na plataforma Patreon para seguir criando projetos com ar retro. Atualmente, trabalha no Legends of Beforia, um jogo de cartas que irá começar a imprimir em pouco tempo. Um exemplo de que ainda restam artesãos dispostos a preservar e reviver o passado dos jogos.

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