Previsão é da empresa norte-americana First Solar; meta estabelecida pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos era 2020
Um dos inconvenientes do ponto de vista econômico dos painéis solares é o custo de produção e instalação. Esse fator faz com que esse tipo de energia tenha dificuldades em competir com combustíveis fósseis. Entretanto, nos últimos anos, esta tecnologia tem sido barateada. Tanto é que em 2017 será alcançado um objetivo simbólico: instalar placas custará US$ 1 dólar por watt.
Essa meta não é simplesmente uma barreira psicológica. Foi estabelecida pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos em 2010, que determinou o preço que a instalação de painéis solares deveria ter em 2020.
Essa data foi estabelecida pela agência governamental norte-americana como um desafio, mas também para dar uma ideia do crescimento esperado de uma indústria que vem se esforçando fortemente. Agora, a empresa First Solar, originária do Arizona, anunciou que alcançará a meta de US$ 1 por watt em 2017, três anos antes do previsto.
Quando se estabeleceu a meta, em 2010, o preço do watt era de US$ 3,50 e rebaixá-lo a US$ 1 representava uma redução de 71%. Parece que o prazo de dez anos firmado oficialmente passará para sete, se a First Solar conseguir o que foi anunciado. O CEO da empresa, Jim Hughes, tem afirmado isso publicamente.
As sementes da mudança
A First Solar é uma empresa integrada verticalmente dentro do setor de energia solar, sendo capaz de praticar a redução de custos o máximo possível. Hughes também disse que a queda do preço não irá parar, mas continuará avançando, retirando centavo por centavo.
Atualmente, a energia solar representa mais de 1% da eletricidade consumida no mundo. Em países como Itália, Alemanha e Grécia, os painéis solares atendem cerca de 7% de sua demanda elétrica, o que mostra o avanço dessa fonte alternativa. Nos Estados Unidos ocorre um fenômeno diferente: são as famílias que instalam em seus telhados painéis solares a fim de reduzir sua conta de energia elétrica.
Imagens: Mediagram y Federico Rostgagno