Daydream e a realidade virtual, a próxima grande plataforma de Google

Por , 7 de October de 2016 a las 07:00
Daydream e a realidade virtual, a próxima grande plataforma de Google
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Daydream e a realidade virtual, a próxima grande plataforma de Google

Por , 7 de October de 2016 a las 07:00

Daydream é o enésimo projeto de Google para criar uma plataforma que gire ao redor de seu ecossistema, e promete

Desde que lançou Android, Google teve grande vocação de expandir seu negócio através da criação de um ecossistema conectado entre si e ramificado por plataformas. O próprio Android é o melhor exemplo, mas ainda que sem o mesmo sucesso em outros casos, não é o único. Google tento com Android Wear em smartwatches, Android Auto em veículos, Android TV e Google Cast na pequena telinha das salas e, de maneira muito silenciosa, Brillo na Internet das Coisas. O próximo passo é a realidade virtual, tal e como anunciou no Google I/O.

Daydream é o nome escolhido para a plataforma de realidade virtual para smartphones. Ainda que, de momento, somente serão compatíveis com Daydream os novos Pixel, Google quer estender a realidade virtual a todo o mercado e o mercado passa por grandes aliados como Samsugn ou Huawei, dos que também se afirmou que lançariam modelos compatíveis em breve. De fato, é provável que a partir do CES de Las Vegas ou do MWC em Barcelona veremos os primeiros modelos projetados longe de Mountain View.

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O grande rival de Daydream é, justamente, o maior partner de Google em Android, Samsung. Com seus Gear VR foi pioneiro em levar a realidade virtual ao grande público de forma econômica e com uma qualidade bastante decente, se analisamos o estado tão prematura no qual ainda se encontra a indústria. No entanto, por barato que fosse, Gear VR custava $99,99 enquanto que o kit de Daydream estará disponível a partir de $79.

Ainda que não foram comparados minunciosamente, Daydream oferecerá um controle sem fio, o que por si já é uma grande melhora de cara a Gear VR, onde o usuário, sem poder ver, tem que ajustar os controles laterais com a mão, um processo muitas vezes chato. A escolha do material, pano, também indica que Google quer abandonar a imagem que deu ao mundo com as econômicas Cardboard.

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Como se dizia Google quer ser o referente da expansão da realidade virtual, e tem argumentos para isso, como o conteúdo de ligas como NBA ou MLB. A tudo isso, juntam-se provedores de conteúdo como Hulu ou Netflix, ainda que a verdadeira estrela será YouTube, onde os vídeos em 360º começam a se popularizar.

Um dos pontos chave de Daydream será, sem lugar a dúvidas, a compatibilidade que oferecem os aparelhos de gama média, onde, vale lembrar, se encontra o maior número de usuários de Android, em preços que giram ao redor de R$900-R$1100. Que Daydream ou Gear VR sejam compatíveis com gamas altas é maravilhoso, mas a popularização do produto requer mais alcance que baixar o preço dos kits, o segredo é o preço do smartphone compatível. Se bem é certo que o processo habitual quando uma tecnologia nova chega, a realidade virtual está no ponto onde deve se dar a conhecer ao grande público, se não quiser ficar outros dez anos no laboratório.

DayDream só será compatível, de momento, com Android Nougat pelo que, além do novo hardware, deveremos esperar a que cheguem muitos dispositivos que agora nem sequer saíram do projeto.

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