Criam uma bactéria que absorve CO2 e é capaz de produzir energia

Por , 1 de June de 2016 a las 07:00
Criam uma bactéria que absorve CO2 e é capaz de produzir energia
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Criam uma bactéria que absorve CO2 e é capaz de produzir energia

Por , 1 de June de 2016 a las 07:00

Uma bactéria artificial criada com engenharia genética é capaz de absorver CO2 e hidrogênio para transformá-los em combustíveis que podem ser queimados para produzir energia.

À medida que passa o tempo, a necessidade de reduzir a quantidade de CO2 no ar aumenta como causa do aumento das emissões que trouxe a entrada de muitos países no mundo industrializado. Por outro lado, continua sendo necessário o surgimento de novas formas de energia que façam superar a necessidade de empregar combustíveis fósseis. De forma simbólica pela quantidade, mas realista pelo feito, a equipe de Daniel Nocera da Universidade de Harvard criou uma bactéria gerada com engenharia genética que chama a atenção uma vez que, à grande escala, poderia ser uma solução para ambos os problemas.

A bactéria, chamada Ralston Eutropha, foi criada artificialmente com o objetivo de absorver hidrogênio e dióxido de carbono para transformá-los em álcool para combustível. Em concreto, obtêm isopropanol, isobutanol e isopentanol, que podem ser queimados diretamente. Do hidrogênio e o do CO2 se obtém adenosina trifosfato, um nucleotídeo essencial na hora de obter a energia celular nos organismos. Depois, com certos genes, a adenosina já pode ser transformado no álcool que queiram.

A meta final era superar a capacidade natural de absorção que têm as plantas e, recentemente, os pesquisadores anunciaram que a bactéria também transforma a luz solar com 10 vezes mais eficácia que as plantas, a pesar de que, em princípio, procuravam alcançar 5% de eficiência. A pesar disto, o estágio da pesquisa ainda não permite tirar conclusões claras sobre possíveis aplicações, fora o grande potencial que oferece na teoria em inúmeros âmbitos.

bacteriaCO22

Daniel Nocera também trabalhou no MIT para criar folhas artificiais que realizaram processos similares aos que procura com Ralston Eutropha, seguindo os processos naturais da fotossíntese presente em plantas. Separando a água entre oxigênio e hidrogênio, absorveriam o hidrogênio para, combinado com dióxido de carbono, produzir isopropanol e utilizá-lo como se emprega o diesel atualmente. Ainda que não teve sucesso, pelo menos conseguiu solucionar o problema da vida das bactérias e nisto se baseia seus estudos atuais.

Imagem principal: IRRI (Flickr)

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