Realidade virtual para melhorar a saúde mental

Por , 28 de May de 2016 a las 12:00
Realidade virtual para melhorar a saúde mental
Saúde

Realidade virtual para melhorar a saúde mental

Por , 28 de May de 2016 a las 12:00

A realidade virtual veio para ficar. Mas não só no lazer: pode servir na medicina e tratar o autismo, a paranoia ou a depressão.

Além de transformar campos como a educação, a realidade virtual é uma das grandes promessas em medicina. Esta tecnologia está fadada a complementar tratamentos farmacológicos com o objetivo, por exemplo, de ajudar a pacientes com autismo, estresse pós-traumático ou paranoia, entre outros transtornos. Resulta que desde que Facebook comprou Oculus Rift por mais de dois bilhões de dólares, a atenção e o interesse sobre estes dispositivos não deixou de crescer.

Há apenas alguns meses, contávamos os estudos realizados na Universidade Carlos III de Madri para implementar a realidade virtual com o objetivo de melhorar os exercícios de reabilitação. Esta não é a única aplicação biomédica da tecnologia. Cientistas da Universidade de Yale, por exemplo, estão trabalhando para ajudar pessoas com autismo através de sistemas de realidade virtual.

No âmbito da saúde mental, são diversas as iniciativas para aplicar estes dispositivos em medicina. A paranoia severa é um dos transtornos nos que se está testando a tecnologia, demonstrando por sua vez que suas aplicações vão além do lazer e tempo livre. Outro dos exemplos é o tratamento da depressão, cujos sintomas podem ser minimizados graças ao emprego de programas de realidade virtual, de acordo com um trabalho conjunto do University College of London e a Universidade de Barcelona. Os pacientes que usaram estes dispositivos foram menos críticos consigo mesmos, o que mostra que os sistemas podem complementar (nunca substituir) outro tipo de intervenções psico e/ou farmacológicas.

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A terapia de exposição, baseada no uso de realidade virtual, também demonstrou certa eficácia para reduzir o estresse pós-traumático dos soldados que voltavam das guerras do Iraque e do Afeganistão. Ainda que mais estudos clínicos que apoiem estas hipóteses preliminares sobre sua eficiência sejam necessários, o certo é que os sistemas de realidade virtual parecem minimizar as lembranças traumáticas fixadas na memória dos ex-combatentes.

O funcionamento da tecnologia consiste em mostrar aos pacientes cenários irreais, com o objetivo de que ser cérebro reaja de alguma forma gente as ilusões virtuais. Bem reduzindo o estresse sofrido durante a guerra, aliviando os sintomas depressivos, bem diminuindo os sinais de paranoia severa, cada vez há mais pesquisas que sugerem que a realidade virtual pode complementa outro tipo de terapias.

Deste modo, através de imagens que não existem na realidade, a medicina pode ajudar a pessoas afetadas a comportar-se de forma diferente e abordar de outra maneira seus problemas. Assim, a realidade virtual pode melhorar a saúde mental e apoiar outro tipo de tratamentos aplicados na prática clínica de praxe.

Imagens | Andri Koolme (Flickr), Universidade de Oxford

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