Lentes de contato que têm a capacidade de gravar o que vemos? A Sony está trabalhando nisto

Por , 10 de May de 2016 a las 07:00
Lentes de contato que têm a capacidade de gravar o que vemos? A Sony está trabalhando nisto
Futuro

Lentes de contato que têm a capacidade de gravar o que vemos? A Sony está trabalhando nisto

Por , 10 de May de 2016 a las 07:00

Com capacidade para registrar tudo o que desejarmos e ativandas com um piscar de olhos. Assim é a nova patente da Sony que, mesmo que distante, promete um interessante futuro.

Nos últimos anos, ou melhor, meses, foi possível ver a realização de avanços impensáveis no campo das lentes de contato. Melhorar a visão, reduzir a miopia ou tornar mais fácil a vida de pessoas com estas patologias já não são os únicos objetivos deste pequeno artefato.

Leonardo da Vinci quando era jovem, já tinha criado um esboço do que seriam as lentes de contato, mas não seria até 1948, com Kevin Tuohy, quando nasceriam as primeiras lentes oficiais. Em sua versão rígida, mas semelhantes às que se utilizam hoje em dia. Alguns anos depois chegariam as lentes flexíveis, e até os dias de hoje. Progredindo conseguimos encontrar lentes com auto enfoque, algumas especiais para a visão noturna ou aquelas que incluem os benefícios das telas LCD com o objetivo de melhorar a recepção de imagens.

Agora, tudo isto poderia ficar como uma simples história por causa da nova patente registrada pela Sony. É verdade que no momento só se trata do registro oficial de uma ideia, mas o revolucionário da questão está nas intenções da empresa tecnológica daqui há alguns anos. Há alguns dias, a marca patenteava lentes de contato inteligentes capazes de gravar tudo o que vemos.

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Parece uma loucura retirada de um filme de ficção científica ou de algum dos capítulos de Black Mirror, mas é verdade. Não está muito claro como funcionarão suas futuras pequenas lentes gravadoras; talvez não queiram explicar ou nem eles mesmos tenham ideia. Mas o que sim é certo é que são muito semelhantes às lentes das câmaras fotográficas.

As pequenas lentes terão a capacidade de “saber” quando se pisca deliberadamente, ou seja, para umedecer os olhos de forma natural, ou quando será uma piscada voluntária com o objetivo de ativar ou desativar a câmara. O mecanismo utilizado será o tempo: uma piscada normal dura entre 0,2 e 0,4 segundos, pelo que uma piscada com um tempo superior significaria colocar em ON. E se estivermos dormindo? De momento isso fica no ar.

Utilizando uma memória interna no dispositivo, tudo que foi gravado poderá ser reproduzido de maneira simples e sem necessitar de outros elementos adicionais às lentes.

De qualquer maneira, para que isto aconteça é necessário que haja avanços em diferentes campos da tecnologia, e que estes sejam capazes de convergir neste pequeno aparelho. É necessário progredir no tema dos sensores piezoelétricos, capazes de transformar a energia mecânica da pressão das pálpebras em energia elétrica, tecnologias capazes de ler os movimentos do olho e ativar as câmaras ou utilizar os campos eletromagnéticos como condutores.

Os benefícios destes dispositivos são inúmeros, assim como os perigos. Seremos capazes de registrar cada momento especial de nossa vida e poder vivê-lo continuamente. As leis, a justiça, o mundo dos seguros e as autoridades terão um novo desafio daqui a alguns anos. Ainda que devamos reconhecer que questões como estas dão um pouco de medo e entram em conflito com a questão da intimidade.

Imagem: Sony

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