Erros comuns na vida de uma Startup

Por , 4 de May de 2016 a las 15:00
Erros comuns na vida de uma Startup
Iniciativas

Erros comuns na vida de uma Startup

Por , 4 de May de 2016 a las 15:00

“Se a startup funciona bem e cresce, a comunicação irá mudar”

Javier Loureiro é um designer digital que sabe tudo o que significa empreender, pois criou sua própria empresa e fracassou na fundação de uma startup. Estas experiências o permitiram chegar à conclusão de que existem padrões referentes a quatro aspectos concretos de qualquer startup, que se repetem várias vezes ao longo de seu processo de criação e desenvolvimento, que costumam gerar erros e que tem a ver com: produto digital, propósito, equipe e usuário.

Em primeiro lugar, a chave de um bom produto digital está em saber o que as pessoas procuram, pelo que você “tem que ser capaz de colocar a informação que realmente interessa ao usuário em seu site”, explica Loureiro. Para ele, o exemplo perfeito de produto digital seria gov.uk, e os motivos são fáceis de comprovar. Se você navega pelo site do governo britânico e introduz em seu buscador interno a palavra “passport”, os resultados devolvidos são “como renovar seu passaporte, como fazer um com urgência ou quanto custará”, ou seja, a informação que realmente interessa ao usuário.

Em segundo lugar, Loureiro fala da importância que tem mostrar coisas tangíveis na fase de captar dinheiro, pois “o investidor não se importa com seu esforço”, mas quer KPI´s que demonstrem que seu projeto é sólido. O problema é que fomos educados com a crença de que “o esforço recompensa, e a realidade demonstra que a medida nunca é a do esforço”. Desta maneira, se um empreendedor não está focado em seu produto, é comum observar que, quando consegue essa atenção do mercado, “tem tudo sem fazer e ainda por cima falta equipamento”.

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Assim chegamos ao terceiro padrão, o relacionado com a equipe. Loureiro parte da hipótese de que “contratar bem, é muito difícil”, mas é que mesmo que você acerte “se a startup funciona bem e cresce, a comunicação mudará” e é aí onde encontra mais problemas. Por um lado, as pessoas (poderiam ser seus amigos) com as quais você criou a empresa, possivelmente já não sejam as mais adequadas para seguir fazendo crescer a empresa. E isto é algo difícil de assumir e gerenciar. Por outro lado, a forma como você se comunicará com essa nova equipe de 20 pessoas já não é a mesma que quando você começou o projeto com seus dois amigos. Gerenciar esse crescimento e que a comunicação com todos eles seja fluente e que permita saber como trabalham, mas também como se sentem é um objetivo realmente complicado.

E, por último, mas não por isto menos importante, o usuário. O desconhecimento que as startups têm de seu público alvo, mesmo que pareça um paradoxo, é muito comum, por que “se você tem uma formação, tem a tendência a pensar que o usuário é como você, mas na verdade, nem todos cursaram uma faculdade”, afirma Loureiro. Chegar a conhecer o que realmente querem seus clientes potenciais é algo fundamental, como já nos contava Carlos Bravo há algumas semanas neste blog, mas para isto devemos realizar pesquisas online e offline, sair de nossos círculos próximos e obter feedback das pessoas que realmente comprarão nossos produtos.

Se você quiser saber mais sobre o que Javier Loureiro contou durante a ponência que ofereceu na Wayra Madrid, não perca esse vídeo (em espanhol):

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