Nuvem contra os moinhos de vento. O Cloud chegou para ficar

Por , 5 de April de 2016 a las 15:00
Nuvem contra os moinhos de vento. O Cloud chegou para ficar
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Nuvem contra os moinhos de vento. O Cloud chegou para ficar

Por , 5 de April de 2016 a las 15:00

Em 2016 já derrubamos a maioria dos moinhos de vento, o Cloud parece que não se trata de uma simples moda, é parte fundamental dos novos modelos de negócio. Contamos como dar o salt de maneira fácil para a nuvem

As pessoas que falavam sobreCloud Computing há alguns anos atrás, que começavam a migrar seus sistemas e serviços para este novo modelo, poderiam ser considerados visionários, eu diria inclusive que me lembram humildes fidalgos de La Mancha, ao estilo de Dom Quixote. Estas novas ideias estavam em seus imaginários, mas nem todos eram capazes de ver quão importante seria esta revelação.

Em 2016 já derrubamos a maioria dos moinhos de vento, o Cloud parece não se tratar de uma simples moda; é parte fundamental dos novos modelos de negócio. A coesão entre tecnologia e estratégia nunca tinha tido tanta relevância para imaginar o futuro das empresas. Necessitam da nuvem para serem flexíveis, não importa se a empresa acaba de nascer ou se é centenária: adaptar-se ou perecer.

Neste âmbito altamente competitivo que vivemos, prever o ritmo de crescimento de uma empresa não é simples. Se seguimos o modelo clássico, para criar as infraestruturas tecnológicas que necessita um negócio ou renová-la teremos que fazer um importante investimento pensando em dentro de quatro anos (o tempo em que normalmente o equipamento é amortizado). Se ainda por cima se trata de uma empresa recém-criada… Seríamos capazes de prever algo em uma empresa sem histórico?

Em um ambiente Cloud, começamos com o sistema mínimo viável, se nossa empresa cresce, as necessidades serão maiores e, portanto, utilizaremos mais recursos. Se nossas necessidades mudam, podemos reduzir o número de servidores e/ou serviços pagando somente pelo tempo utilizado.

Numa quarta-feira de março estava em Almería, dando uma palestra a clientes sobre os benefícios da “Cloud”. Após uma demostração de implantação de servidores, um dos clientes não acreditava que tinha feito em 10 minutos o que em sua empresa demorou meses. Criar um data center na nuvem, pode ser feito em alguns cliques e em poucos minutos. Chegou a hora de dizer adeus àqueles sistemas monolíticos.

Em uma empresa já criada é mais comum encontrar com esses analistas “Moinho de vento” que pretendem seguir imóveis, lutando contra os “fidalgos”, custodiando seus sistemas, pensando que assim conseguirão a ansiada continuidade do negócio. Temos a tendência de pensar que ter esse sistema próximo (em nossas próprias instalações) é o mais seguro para nossa empresa.

A realidade é que manter a informação em um data center de alta segurança profissional tem muitas vantagens, já que neles os sistemas estão duplicados (backup) para garantir que sigam sempre em funcionamento e a informação esteja sempre disponível.

Você percebe a importância disto quando esse sistema que contém “sua empresa” fica sem conexão, luz ou alguma de suas peças chega ao final de sua vida útil. Isto paralisa o negócio, qualquer que seja sua natureza ou tipo: de um mecânico que não pode fazer um orçamento até uma assessoria que não tem acesso à informação de seus clientes.

As empresas para que sejam competitivas necessitam uma disponibilidade de quase 100%, já que se seu sistema está sem acesso e o da concorrência não, a perda de clientes pode acontecer.

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Ok, mas quanto custa ser um desses fidalgos?

Esta é exatamente uma das vantagens da nuvem, o preço. Graças às economias de escala, é possível obter preços muito competitivos que incluem todos os serviços que antes mencionamos (segurança, eletricidade, conectividade, manutenção…).

Além do mais, nos data centers profissionais há especialistas com certificação cuidando de cada de um dos serviços, chegando a garantir que mais de 99,9% do tempo o serviço funcionará corretamente.

Esta nova forma de entender a tecnologia é, na realidade, um caminho para minimizar as possíveis falhas nas empresas. A nuvem nos permite liberar os técnicos de tarefas que antes realizavam, sem mantê-los obrigados a dar manutenção à infraestrutura, posso pedir que melhore minha presença na Internet ou que comece a optimizar os processos de negócio, um mudança de papel que pode beneficiar meus resultados, e adaptar o papel do analista aos novos tempos.

Cada vez são mais os fidalgos.

As opções de mercado

Há milhões de empresas em todo o planeta que podem oferecer este tipo de serviços, mas para poder entender seu modelo podemos classificá-las em duas categorias: Globais e Nacionais.

  • Globais:

Na categoria ‘global’ colocamos aqueles provedores que permitem de forma nativa utilizar a nuvem a partir de múltiplos pontos do planeta. Estamos falando de empresas como Amazon, Microsoft ou Google. Estas empresas dispõem de dezenas de data centers por todo o planeta, e sua integração entre estes centros é completa, é indiferente criar em um ou em outro. São serviços altamente flexíveis, mas para a implantação dos processos de negócio são necessários conhecimentos técnicos sobre sistemas e redes. Adicionalmente costumam ter suporte na língua materna de Shakespeare.

Estes provedores globais permitem o crescimento e a decrescimento de forma automática (se costuma falar de Cloud elástica), mas sempre estaremos ligados a uma modalidade de pagamento por uso. Isto supõe que não saberemos exatamente quanto vamos pagar no final do mês. Simplificando os conceitos de faturamento ao mínimo possível, devemos prever quantos dados consumiremos por mês, uma tarefa que seria bastante complexa; se não somos capazes se quer de estabelecer uma média mensal em nosso smartphone, muito menos em um sistema no qual têm acesso muitas outras pessoas.

Atualmente apenas Google não tem um datacenter sediado no Brasil.

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  • Nacionais: 

Com os provedores nacionais, as regras mudam. Os serviços são simplificados para alcançar aos clientes com menos conhecimentos de informática, ou simplesmente para facilitar o trabalho. São estabelecidos sistemas em pacotes na nuvem de diferentes ‘tamanhos’ que facilitam o processo de escolha. Adicionalmente, a maioria destes serviços cobre a quota completa, oferecendo um preço por mês, pelo que realizar a estimativa de gasto é algo imediato. Uma opção interessante é Vivo Cloud Plus, com vários pacotes predefinidos disponíveis, mas que também oferece a possibilidade de contratar sob demanda.

Cuidado com as nuvens baratas

Não podemos dizer que todas as nuvens sejam seguras, sabemos que não é assim. Antes de contratar o serviço com qualquer empresa, devemos comprovar que seguem as diretrizes da cloud, averiguando onde estarão as instalações de tais provedores (e, portanto os serviços contratados na nuvem) e quem são os encarregados dos mesmos.

Não permita que o núcleo de seu negócio acabe nas mãos de qualquer um, para isto peça referências assim como costumamos fazer ao procurar um hotel ou restaurante.

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