Os parches biônicos para o coração poderiam ser uma grande alternativa aos transplantes

Por , 4 de April de 2016 a las 11:00
Os parches biônicos para o coração poderiam ser uma grande alternativa aos transplantes
Saúde

Os parches biônicos para o coração poderiam ser uma grande alternativa aos transplantes

Por , 4 de April de 2016 a las 11:00

Os parches biônicos partem da ideia de que, além de ajudar a recuperar corações com problemas, é necessário criar sistemas que permitam monitorar os pacientes a distância, além de agilizar certos processos de administração de fármacos.

Depois dos implantes corporais chegam os parches biônicos, como substitutos de tecidos orgânicos de reparação de órgãos que tenham sofrido algum dano. Na Universidade de Tel Aviv criaram um parche biônico para o coração que é composto de partes eletrônicas e orgânicas. O objetivo de algo assim, não é apenas melhorar a saúde per se, mas, ir além, podendo monitorar e inclusive “atender” à distância a pacientes com problemas e prevenir males como infartos ou arritmias. Por essa dupla função, o número de pacientes que necessitam um transplante poderia ser reduzido de maneira drástica.

Quando falamos em atender nos referimos, além de controlar à distância, ao que os pesquisadores chamam administrar estímulos elétricos ao coração. Esta situação é possível graças a que estes parches biônicos estão compostos na sua parte eletrônica, por elétrodos com a capacidade de dar cargas que reativem o coração. Deixando de lado a parte estimulante, o parche também tem a possibilidade de ministrar fármacos ao coração para fortalecer ou impedir que o órgão rejeite o que, para o corpo, é um tecido desconhecido.

Para a construção do parche biônico, os cientistas utilizaram principalmente material orgânico, devido à contração que acontece com os tecidos do coração.

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A longo prazo, a equipe espera conseguir avanços relacionados com a atividade própria do parche no bem-estar da pessoa. Por exemplo, se percebe que há inflamação, seria pertinente que ministrasse uma medicação anti-inflamatória. Se por outro lado tem pouco oxigênio, seria o momento de fornecer moléculas que restabeleçam o nível dos vasos sanguíneos. Como vemos, este campo avança não só para melhorar as soluções atuais frente à recuperação, mas também para automatizar certos processos médicos complexos.

De momento, por falta de testes com pessoas, os pesquisadores estão tentando desenvolver mais parches deste tipo voltados para outras áreas do corpo, como o cérebro ou a medula espinhal, para tratar problemas neurológicos. Há alguns dias falávamos de nanogeradores biodegradáveis que não dependem de bateria externa, e dado que estes parches necessitam algum tipo de energia, ambos inventos formariam, com certeza, uma grande combinação.

Imagens: Bryan Brandenburg (Wikimedia) e Universidade de Tel Aviv.

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