Os implantes corporais poderão ser potenciados com nanogeradores biodegradáveis

Por , 21 de March de 2016 a las 07:00
Os implantes corporais poderão ser potenciados com nanogeradores biodegradáveis
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Os implantes corporais poderão ser potenciados com nanogeradores biodegradáveis

Por , 21 de March de 2016 a las 07:00

Os implantes corporais para usos médicos (e em breve não médicos) precisam de alimentação e materiais que não prejudicam o organismo. A invenção de nanogeradores biodegradáveis, que não dependem de bateria externa é uma grande notícia para o setor.

Aos poucos estamos deixando de falar só de wearables externos com aspecto de pulseira ou relógio para fazê-lo, também, de implantes cerebrais ou em outras áreas do corpo. Sabemos que o grafeno será fundamental para avançar na área do cérebro, pois características como durabilidade e flexibilidade o tornam ideal.

É um campo no que se está trabalhando porque ele detém a chave para o desenvolvimento de soluções para a doença de Alzheimer ou epilepsia. Por isso, que tenham criado nanogeradores biodegradáveis que podem alimentar implantes sem energia externa, é uma grande notícia.

O desenvolvimento foi compartilhado pelo National Center for Nanoscience and Technology e a Universidade de Beihang. Seu funcionamento se baseia em princípios básicos da geração de energia de atrito cinética.

Graças ao uso de duas tiras, projetadas para interagir entre si quando se encontrem em um implante, é capaz de gerar eletricidade suficiente para funcionar, como dizemos, sem ajuda externa. Isso sim, por agora foi testado apenas em animais, mas a boa notícia é que não há efeitos negativos aparentes. O processo de degradação ocorre como mostrado na imagem.

nanogeradorbiodegradável2

Se usa triboeletricidade, que aproveita a energia estática. E a solução a priori é barata porque usa o PLC “comum”. Enquanto as tiras mencionadas, uma tem uma película plana e a outra, como pode ser visto na imagem inferior tem nanovaretas que sobressaem. Quando um corpo se move externamente, ambas tiras se unem e, em seguida, se separam, gerando eletricidade estática.

nanogeradorbiodegradável3

O nanogerador pode, no momento, produzir até 32,6 miliwatts por metro quadrado, o que é suficiente para o processo de estimular um neurônio. Uma maneira “fácil” e muito original de conseguir acabar com dois dos maiores problemas dos implantes.

Além disso, os pesquisadores também falam em aproveitar a energia que usamos para respirar. Como o processo de remoção do implante é sempre uma das partes complicadas, desde o início quiseram que fosse biodegradável, e pode se autodestruir com certa programação.

Claro que, para que isso chegue ao mercado, deve passar nos testes da FDA norte americana, o órgão regulador, embora em outros lugares poderia se desenvolver antes.

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