Eficiência energética: aquece o edifício, não o planeta

Por , 9 de March de 2016 a las 23:00
Eficiência energética: aquece o edifício, não o planeta
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Eficiência energética: aquece o edifício, não o planeta

Por , 9 de March de 2016 a las 23:00

Big Data, Business Intelligence (BI), Internet of Things (IoT) ou cloud services (serviços na nuvem) batem na porta das casas e das empresas para nos ajudar a sermos mais eficientes e reduzir nossas emissões de CO2. Deixamos entrar?

Conjunto de medidas de melhoria: mudança de caldeira, substituição de janelas. Estas foram as concisas recomendações, para melhorar a eficiência energética do apartamento alugado do meu avô, avaliado com a letra G (a pior nota) no estudo técnico elaborado pelo arquiteto correspondente. Quando se trata de um pequeno imóvel, torná-lo mais eficiente não parece tão complexo. Umas novas janelas aqui, uma nova caldeira ali, junto a melhores hábitos de consumo e práticas em casa, podem ser os primeiros passos para reduzir significativamente as emissões de CO2, derivadas do consumo de energia das instalações de calefação, refrigeração ou iluminação. Mas, é possível ir além? A tecnologia pode ser nossa aliada na batalha contra o desperdício energético e a emissão de dióxido de carbono? O que podemos fazer quando ao invés de um apartamento de 50 metros temos diante uma grande corporação, um centro logístico, ou centenas de escritórios? Big Data e Internet das cosas (Iot) têm a resposta.

Economizar e cuidar do meio ambiente

Começaremos definindo. Eficiência energética é consumir energia de maneira inteligente, significa ser capaz de produzir os mesmos bens e serviços empregando menos energia e, portanto, emitindo menos CO2. Um edifício será eficiente energeticamente, quando minimizar o uso das energias convencionais que o alimentam sem alterar seu funcionamento normal, conforto e segurança.

Com certeza, já ouviu falar da eficiência energética. Há vários anos a lei na Espanha obriga a que toda residência que esteja à venda ou para alugar, disponha de um certificado onde é medida por uma escala de a A a G sua eficiência energética. Como a do meu avô.

Mudar as janelas e a caldeira costuma ser a recomendação habitual dos técnicos que fazem os certificados. Mas, se você também teve uma nota ruim em seu certificado e quer ir um passo além, há soluções tecnológicas no mercado que podem ajudar.

Um exemplo é o dispositivo inteligente Momit, um termostato equipado de sensores, algoritmos e conexão Wi-Fi, que pode ser controlado através de qualquer dispositivo celular e que, de acordo com seus criadores, consegue reduzir em 30% o recibo da calefação. Com este termostato não só pode aliviar seu bolso, mas também reduzir a quantidade gerada de CO2, um dos gases do efeito estufa, que está provocando o aquecimento do planeta.

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Momit registra o histórico de consumos, calendários e programações, armazena todos os dados na nuvem e os interpreta. Assim “aprendedos hábitos e usos do usuário e de maneira automática se adapta a eles. Por exemplo, um dos sensores permite saber se há alguem em casa, e se detecta que não há ninguém, pode abaixar a temperatura ou desligar a calefação. Outro sensor de luminosidade determina se é de dia ou de noite, ou inclusive aprende se você foi dormir. “Não necessitamos a mesma temperatura, quando estamos debaixo do edredom ou passeando em shorts pela sala”.

O gerenciamento de dados e o armazenamento na nuvem batem à porta para lhe ajudar a ser mais eficiente energéticamente. Vai deixar eles entrar?

Edifício inteligente, edifício eficiente

O que acontece com as empresas e grandes corporações? Que papel têm o Big Data e o Business Intelligence (BI)? Neste campo, a eficiência energética é tanto uma obrigação quanto uma necessidade. Não falamos de mudar uma caldeira, de apagar uma luz ou de instalar um termostato. A eficiência energética é aqui um autêntico motor, a chave principal para o desenvolvimento e implantação da indústria 4.0 nas condições de competitividade e sustentabilidade.

Se o Big Data consiste em adquirir grande quantidade de dados, transformá-los em informação e depois em conhecimento, no âmbito das empresas e da indústria, devem ser registrados parâmetros como a ocupação do edifício, a eletricidade, iluminação, climatização, os computadores empregados, o isolamento térmico, o consumo de água, papéis e plásticos consumíveis ou o uso de energias renováveis. Deste modo, é possível identificar quais edifícios não cumprem com os padrões de eficiência energética, e por que razões, para formular um plano de ação personalizado com alguns objetivos de consumo adequados. Só assim teremos um edifício inteligente, com uma maior eficiência energética pelo menor custo possível.

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30% de economia no consumo energético

Se para os lares se destacava o termostato Momit, para grandes empresas vou parar na Hydra, a plataforma de imótica desenvolvida pela Telefônica, com a qual a companhia garante que as empresas podem reduzir entre 10% e 30% seu consumo energético e as emissões associadas de CO2. E o que é a imótica? Pois algo parecido com a domótica aplicada a edifícios de uso terciário ou industrial. A Hydra fornece às empresas sistemas de gestão remota e centralizada, que permitem controlar os dispositivos automáticos de suas instalações para que estas economizem energia e aumentem o conforto e a segurança.

Se trata de um serviço integrado que inclui a instalação e a manutenção dos dispositivos necessários para medir e gerenciar, desde a distância, o consumo energético de cada localização, monitorar detalhadamente o comportamento dos diferentes equipamentos (climatizadores, resfriadores, etc…) do cliente, e modificar seu comportamento para reduzir o consumo energético, enquanto se mantêm o nível do serviço necessário (temperaturas, umidade, etc.), com um sistema de gestão remota de edifícios (BMS, Building Management System).

A plataforma inclui também um sistema de gestão energética (EMS), que armazena e processa os dados históricos das medições e atuações realizadas. Este sistema, permite analisar a evolução dos consumos de cada sede e propor novos modos de funcionamento eficiente.

Predicando pelo exemplo

Neste contexto, Telefônica Vivo trabalha para promover internamente a eficiência energética e o uso da energia renovável com a finalidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. De fato, se propõe reduzir 100.000 toneladas de emissões de CO2 no período 2010-2017, o que equivale a 5% de suas emissões totais no ano base.

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Vamos abrir as portas de nossas casas e empresas à inovação tecnológica e, principalmente, vamos juntar às novas soluções para a eficiência energética, a consciência e o civismo meio ambiental. Eis aqui a chave do progresso e a via em direção a um futuro sustentável.

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