Nuka, a robótica a serviço da saúde

Por , 3 de March de 2016 a las 07:00
Nuka, a robótica a serviço da saúde
Saúde

Nuka, a robótica a serviço da saúde

Por , 3 de March de 2016 a las 07:00

O bebê foca “Nuka”, é um pequeno bicho de pelúcia robotizado, cujo uso em hospitais e asilos está se estendendo devido aos efeitos positivos que alcança em terapias médicas diante de problemas de ansiedade, tristeza ou demência

Fazendo uma retrospectiva, o termo robôera considerado uma palavra do futuroe que não sairia das telas do cinema, mas a situação está mudando e já começamos a encontrar estes aparelhos no nosso dia a dia. Este é o caso de Pepper, um robô que ajuda aos clientes a encontrar os produtos que necessitam em shopping centers, como acontece nos supermercados Carrefour da França.

De fato, essa mudança na imagem dos robôs caminha a passos de gigante, e a sociedade está começando a conhecer uma versão mais amigável destas máquinas, que inclusive, podem chegar a transformar-se em adoráveis companheiros como se fossem animais de estimação. Este é exatamente o caso do nosso protagonista: o robô foca Nuka.

Quem é Nuka?

Nuka é um robô com forma de bebê foca, que ao invés de vir das terras mais geladas do planeta vem do Japão, concretamente do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada (AIST). Mundialmente conhecida como PARO (Personal Assistant RObot), Nuka é uma ferramenta terapêutica baseada na ideia da evolução da terapia animal.

Seu criador, Takanori Shibata, esteve presente na feira de robótica, Global Robot Expo, que aconteceu em Madri no final de janeiro. Lá explicou por que criar uma foca e não outro animal como robô assistencial: “Comecei testando com robôs cachorro e robôs gato, mas as pessoas esperavam muito deles, tinham muitas expectativas, por isso acabei optando por uma foca”.

O pequeno dispositivo robótico reflete uma aparência calma, e ao ser como um bebê seu aspecto produz ternura. De fato, seus gestos e sons, ajudam a que as pessoas acabem sentindo afeto por este protótipo que responde a carícias e palavras. Para isto, consta de sensores que detectam de onde procede o som, e também da inteligência artificial suficiente para responder ao nome que lhe dêem os donos. Outra das vantagens de Nuka é que pode ajudar a crianças com problemas de comunicação. “É um robô terapêutico, que em nenhum momento substituirá o trabalho dos assistentes sociais. É uma ferramenta de apoio, para melhorar a situação das pessoas”, explica Shibata, e acrescenta que “os centros assistenciais que utilizam esta simpática foca em suas terapias confirmaram que Nuka conseguiu reduzir o estresse de pacientes e cuidadores, ao mesmo tempo que incentiva a comunicação entre eles”.

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Além do grande efeito psicológico nas pessoas ajudando no relaxamento, socialização, etc., este pequeno robô conseguiu chegar ao livro Guinness dos Recordes como o dispositivo robótico mais terapêutico do mundo, após ajudar a pessoas com os citados problemas de demência, Alzheimer, transtornos mentais ou psicológicos onde a parte afetiva é de vital importância.

Acompanhados por robôs

Em 2020, o mercado mundial dos robôs alcançará os 10 bilhões de dólares, de acordo com as estimativas do relatório Mobile robots market by environment, realizado pela consultora Markets and Markets correspondente 2015.

O mundo da robótica chamou muito a atenção diante do futuro, e sua evolução se dirige pelo caminho estabelecido para que as máquinas sejam capazes de realizar as tarefas humanas.

De acordo com os últimos dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Japão e Espanha são os países com maior esperança de vida do mundo, e o envelhecimento social será um de seus grandes desafios. A robótica assistencial poderia ser uma grande solução para esta circunstância.

O país do sol nascente, lugar de nascimento do Nuka, prevê criar um plano dirigido ao âmbito assistencial com tecnologia robótica de terceira geração para melhorar a vida dos pacientes desde os cuidados até sua mobilidade, de acordo com o embaixador japonês na Espanha, Kazuhiko Koshikawa, presente na Global Robot Expo. Um dos grandes objetivos é “aumentar a magnitude do mercado da robótica assistencial até os 390 milhões de euros para 2020”. Neste contexto, o progresso social não tenta contribuir para viver mais, mas melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Em resumo, uma feira que permitiu mostrar os benefícios da robótica em relação à saúde e ao âmbito assistencial, mas que deixa aberta a porta para o futuro que se aproxima, com os diferentes humanóides e dispositivos robóticos que estão em processo dentro dos terrenos profissionais e de investigação, e que qualquer dia podem fazer parte de nossos lares.

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