Caminhando para um uso mais seguro da Internet das coisas

Por , 2 de March de 2016 a las 23:00
Caminhando para um uso mais seguro da Internet das coisas
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Caminhando para um uso mais seguro da Internet das coisas

Por , 2 de March de 2016 a las 23:00

Chema Alonso, CEO da empresa de cibersegurança da Telefônica Vivo, Eleven Paths, nos fala sobre como o Big Data e a Internet das Coisas afetarão no futuro nossa privacidade.

Toda a tecnologia relacionada com a Internet das Coisas, em constante crescimento, apresenta um grande perigo sobre cibersegurança para todos os usuários. Felizmente, o Big Data apresenta-se como uma arma poderosa para aqueles que querem evitar que os criminosos cibernéticos levem a melhor.

Chema Alonso, CEO da Eleven Paths, diz sua visão do panorama.

“A Web tem apenas lobos ou cordeiros, e se não formos lobos, seremos cordeiros. Todo mundo escolhe o lugar que quer estar.”

Big Data, a pedra angular da segurança cibernética

Atualmente, Big Data e Cloud Computing são dois elementos-chave na hora de se considerar qualquer estratégia de segurança da empresa. De acordo com Chema, a velocidade atual dos ataques cibernéticos é tão grande que, sem essas ferramentas, seria impossível alcançar os padrões exigidos pelos seus clientes.

A grande quantidade de dados fornecidos pelas tecnologias de Big Data permitem que empresas como Eleven Paths possam prever os ataques. Ao analisar um número infinito de amostras maliciosas é possível se antecipar aos cibercriminosos e prever como, quando e onde o próximo ataque vai ocorrer. Chema refere-se a isso como “lagos de dados“, nos que podem mergulhar para verificar quais indicadores foram comprometidos, a fim de antecipar ameaças futuras.

Além disso, Big Data é fundamental para o desenvolvimento da aprendizagem autônoma das máquinas. Já se está trabalhando para que seja o próprio sistema que aprenda e alerte quando detecta um item suspeito, com base em tudo o visto anteriormente.

A privacidade deixará de existir?

“É complicado.” Chema Alonso usa essas palavras para começar a falar sobre nossa privacidade no futuro. A ubiquidade das redes sociais em nossas vidas diárias transformou o mundo numa “aldeia social”, onde o fato de que as pessoas em nosso entorno não saibam o que estamos fazendo deixa de ter sentido.

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“Agora, além de despejar informações em redes sociais de forma proativa, também fazemos de forma não intencional.” Chema alude aos wearables para apresentar um possível futuro em que empresas como Facebook poderão saber tudo sobre nós. Graças aos dados sobre nossa saúde que uma pulseira pode transmitir, juntamente com nossa idade, a de nossos pais, e uma análise de nossos comentários através do processamento natural da linguagem, poderíamos ter até uma data aproximada da nossa morte. Poderia dar-se o caso em que um banco não nos conceda uma hipoteca por causa das previsões que fez sobre nosso futuro?

Além disso, o fundador da Eleven Paths refere-se à Lei de Moore para apresentar um futuro hipotético em que uma pessoa possa andar na rua e recolher diversos dados biométricos de todas as pessoas ao seu redor e enviando eles para um servidor. Um datamining de nossas vidas, com a informação que qualquer empresa pode analisar para saber tudo sobre nós.

Internet das Coisas será o próximo grande problema das empresas

Um dos exemplos mais claros da evolução da Internet das Coisas está nos carros, que incorporam cada vez mais tecnologia, a tal ponto que eles podem eventualmente tornar-se dispositivos autônomos. Se nos concentrarmos em cibersegurança em relação a esta questão, os ataques ao software afetariam pela primeira vez a um elemento físico. Através de um carro ligado, um invasor poderia controlar nosso volante, os freios ou tanque de combustível, por exemplo.

Embora a Internet das Coisas esteja se expandindo, e as Smart Cities e os sistemas domóticos sejam uma realidade, o verdadeiro foco desta tecnologia é hoje no mundo dos negócios. Qualquer empresa não é mais capaz de controlar toda a tecnologia que entra em seus escritórios. Qualquer funcionário tem um monte de dispositivos, e todos eles têm vulnerabilidades de segurança importantes.

Estes elementos, que geralmente estão interligados por uma rede Wi-Fi corporativa, facilitam ataques de cibercriminosos. Parte desta tecnologia que os técnicos da empresa não são capazes de auditar e “assegurar” é chamado de “shadow IT“, e está ficando cada vez maior.

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As soluções da Eleven Paths

A empresa de cibersegurança cibernética da Telefônica Vivo, Eleven Paths, vai um passo além da tecnologia estabelecida, aventurando-se no que ainda não foi criado. A inovação de uma das máximass da Eleven Paths, e de seu laboratório em Málaga patenteia constantemente novas soluções que podem ser implementadas nas mais recentes tecnologias.

No campo da “mineração de dados”, já contam com um sistema de “mega Big Data” que está constantemente analisando se ocorrem ou não ciberataques aseus clientes. Além disso, eles não usam apenas sua própria informação, já que graças a Sinfonier, um dos produtos da empresa, compara os dados públicos e privados e executa processamento cruzado de dados para coletar informações que possam servir de ajuda.

Chema Alonso e sua equipe têm certeza de que todas as empresas, além de controlar o acesso físico com vigilantes, também deve ter cibervigilantes, uma vez que o foco de onde vem o perigo mudou. FaaS, outro de seus produtos, está pensado para o monitoramento contínuo (persistent pentester), de cara às técnicas de ataque constante que fazem os cibercelincuentes. Esta é a única solução verdadeiramente eficaz.

Finalmente, Chema diz que não há truques para garantir nossa segurança na Internet. “A Web tem apenas lobos ou cordeiros, e se não formos lobos, seremos cordeiros. Todo mundo escolhe o lugar que quer estar.”

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