O aerogel é famoso porque costuma fazer parte das notícias do que consideramos materiais do futuro. Não só é inacreditavelmente leve, mas também excelente isolante de temperatura e duro, no que o componente líquido é substituído por gás, de modo que o acabamento sólido tem uma densidade muito pequena. Como enumeramos no artigo vinculado, existem várias composições típicas de aerogéis, formando grafeno ou ouro parte delas, embora a sílica seja o material mais extendido.

Mas por que não procurar por materiais menos caros com os que conseguir obter aerogéis mais acessíveis? É o planejamento de um grupo de cientistas da Universidade Nacional de Cingapura, que com uma nova técnica criou um aerogel usando a celulose, o que significa que o papel utilizado pode servir como material para processos de produção. Molhando o papel em água se liberam fibras de celulose, e, depois, se adiciona água em conjunto com uma resina de polímero de reticulação. Depois disso, o passo seguinte é usar um som de alta frequência que agita a mistura.

Em seguida, congela-se a uma temperatura de -32° C durante um dia, se liofiniza a -98º C durante 48 horas e se insere em um forno a 120° C durante três horas, o que finalmente faz com que, se tudo correr bem, o material perca toda quantidade de água que retinha, que era o objetivo da operação. Nesse momento se consegue o aerogel de celulose, que é 98,2% ar, muito poroso e opaco.

Certamente, um dos fatos mais interessantes do aerogel é sua capacidade de absorção, dado que quando revestido de metiltrimetoxissilano, ganha propriedades hidrofóbicas, o que lhe permite “banhar-se” em petróleo e absorvê-lo da água, com uma capacidade de até 90 vezes seu peso seco. Suas propriedades permanecem, depois disso, intactas, uma vez que pode ser escorrido e se desfazer de 99% do petróleo.

Se espera que possa ser aproveitado para isolar telhados de casas, bem como áreas com tendência a acumular umidade. Em outras áreas, tais como a roupa, a embalagem ou mesmo fraldas, também pode ser útil.