A luz LED, o inseticida do século XXI

Por , 14 de February de 2016 a las 18:00
A luz LED, o inseticida do século XXI
Futuro

A luz LED, o inseticida do século XXI

Por , 14 de February de 2016 a las 18:00

Os inseticidas, como os conhecíamos até agora, supõem um grande risco tóxico, tanto para as plantas que tentam proteger, como para as pessoas que os utilizam. A novidade no setor baseia-se em utilizar a luz LED, um elemento muito eficaz contra os insetos.

Qualquer agricultor, jardineiro ou profissional que trabalhe em contato permanente com as plantas está exposto a inseticidas convencionais constantemente. Uma pessoa que manipule estas substâncias químicas com certa frequência se intoxicará cada dia com uma pequena dose de veneno. Claro que uma só destas doses não é necessariamente prejudicial; o problema aparece quando, depois de um ano, muitas destas pequenas porções se transformam em uma quantidade perigosa de veneno.

De dores de cabeça, asma ou tonturas, até doenças muito sérias como o câncer ou as máformações; estes inseticidas supõem um perigo real para as pessoas. Por sorte, a tecnologia volta a propor uma boa solução para este problema, baseada nas luzes LED.

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A solução está nas luzes LED.

Hiroshi Amani e Shuji Nakamura ganharam o Prêmio Nobel de Física graças a um projeto focado na eficiência energética das luzes LED. A partir deste projeto, descobriram quase por acidente que os insetos são vulneráveis a este tipo de luzes, em especial a sua variante de cor azul.

Agora, um grupo de pesquisadores da Universidade Tohoku, no Japão, está desenvolvendo um estudo que garante que dependendo do comprimento de onda da luz, esta pode ser letal para algumas espécies de insetos. Ao invés de cobrir as plantas com toneladas de substâncias químicas prejudiciais, agora só deveremos iluminá-las com luzes de diferentes cores.

Para dar um exemplo, os especialistas já descobriram que um LED com um comprimento de onda de 467 nanômetros extermina 100% das moscas da fruta. Porém, com 378 nanômetros, a efetividade só é de 40%. Obviamente, a pesquisa se foca em descobrir qual comprimento de onda é mais eficaz para cada espécie, para aplicar-lhe a luz LED adequada.

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O estudo também investiga a efetividade deste inseticida LED nas diferentes fases do desenvolvimento dos insetos (ovos, crisálidas e adultos), e até agora descobriram que dependendo de sua idade, a utilidade de um comprimento de onda determinada muda.

A explicação de porque a luz LED é tão letal para os insetos ainda é um mistério, apesar de que os pesquisadores intuem que o efeito poderia ser similar ao que tem a luz ultravioleta nas células humanas. Em resumo, poderia ser que certos comprimentos de onda estimulassem a produção de tipos de moléculas especificas.

O problema é que, ainda que o método de luzes LED seja menos prejudicial que os inseticidas tradicionais, se necessita uma fonte de luz diferente (e exclusiva), para cada tipo de praga, o que encarece bastante seu preço de instalação.

O bicho-da-farinha, por exemplo, é vulnerável a uma determinada faixa de cores, do violeta até o azul, e aos mosquitos, a cor que mais lhes incomoda é o anil. Será que os insetos também teriam uma cor favorita?

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