Em Stanford criaram uma bateria que se apaga antes do superaquecimento

Por , 23 de January de 2016 a las 18:00
Em Stanford criaram uma bateria que se apaga antes do superaquecimento
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Em Stanford criaram uma bateria que se apaga antes do superaquecimento

Por , 23 de January de 2016 a las 18:00

Uma equipe de cientistas da Universidade de Stanford criou uma bateria que não esquenta.

Um dos problemas que as baterias de íon-lítio possuem é o superaquecimento. Isto não somente leva a casos mais alarmantes, onde o dispositivo eletrônico podem inclusive pegar fogo, mas que também afeta a eficiência energética. Mesmo que os casos extremos sejam poucos, somos muitos os que notamos muitas vezes que nosso smartphone, por falar do produto mais utilizado, se esquenta muito.

Os cientistas da Universidade de Stanford criaram uma bateria que não se esquenta, ao menos não até alcançar o ponto de superaquecimento. Antes disso, o próprio sistema químico se autorregula, apagando a bateria, que volta a funcionar quando a temperatura diminui.

Uma bateria de íon lítio se compõe de dois eletrodos e o eletrólito, um líquido que transporta as partículas carregadas entre os dois elementos anteriores. Há determinadas causas pelas quais este sistema pode se aquecer, como a pressão ou sobrecarga. Se a temperatura alcança 150 graus, o eletrólito pode pegar fogo.

O que fizeram os cientistas para evitar que isto aconteça foi criar um material formado por partículas de níquel pontiagudas, que estão cobertas com grafeno e integradas em um filme elástico de polietileno. Com este material cobriram um dos eletrodos. Para conduzir a corrente elétrica, as partículas de níquel devem tocar-se entre elas. Mas quando a temperatura aumenta o polietileno se expande, pelo que as partículas se separam, de maneira que o eletrodo que está coberto com o novo material deixa de ser condutor.

Quando a temperatura volta a descer o polietileno volta a seu estado natural, as partículas de níquel se unem novamente e a corrente corre outra vez entre os dois eletrodos. Tão simples e eficaz como isto. Outros trabalhos experimentaram técnicas diferentes para evitar o superaquecimento, mas eram irreversíveis. No caso desta bateria que não se aquece, o sistema pode voltar a funcionar e não perde eficiência energética.

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As baterias de íon lítio ainda não superaram o problema do superaquecimento

O superaquecimento das baterias de íon-lítio provocaram alguns acidentes nos últimos anos. Foram famosos os casos de alguns smartphones que pegaram fogo em um avião em pleno voo, enquanto diferentes produtos eletrônicos que usam este tipo de tecnologia de íon-lítio às vezes chegam às primeiras páginas por problemas causados pelo superaquecimento.

Um dos últimos foram os patinetes elétricos, cuja repentina popularidade fez com que muitas empresas começassem a fabricá-los e outras a importá-los. Como a maioria dos produtos eletrônicos, o processo de fabricação é realizado na China, se bem as baterias venham de diversas partes. Por exemplo, as de fabricação coreana são mais confiáveis, enquanto que as produzidas na China são mais baratas mas menos confiáveis.

De qualquer maneira, este é o problema que desejam eliminar os cientistas de Stanford, evitando assim cenas como as que saíram na internet no final de 2015, onde apareciam patinetes em chamas e até alguns que apareciam queimados.

Imagens: RDECOM e adafruit

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