Empreendedor, exprima suas redes sociais

Por , 22 de December de 2015 a las 19:00
Empreendedor, exprima suas redes sociais
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Empreendedor, exprima suas redes sociais

Por , 22 de December de 2015 a las 19:00

As redes sociais tornaram-se um poderoso alto-falante dos interesses, opiniões, hobbies e trabalho dos bilhões de pessoas as usam. Conhecer e saber como usá-las é chave se tiver uma startup. Dizemos o porquê e como extrair o máximo proveito destas plataformas.

Se tornaram um poderoso alto-falante dos interesses, opiniões, hobbies e trabalho dos seus membros, que quase chegam a 1.800 indivíduos de usuários no mundo, de acordo com dados recentes de Statista. Falamos das redes sociais, um universo virtual a grande escala em que, em média, os internautas passam um de cada quatro minutosque estão conectados. Tal como indicado pelos dados recentes (de março) de outro relatório, desta vez desenvolvido pelo Global Web Index, para cujo preparo a firma de pesquisa de mercado entrevistou 47.000 usuários de Internet em 33 países em todo o mundo. Este estudo lança mais dados surpreendentes. Por exemplo, um adulto com conexão a Internet destina em média 1,69 horas por dia para observar e/ou participar das redes sociais de que faz parte, que são muitas, porque cada pessoa tem (também em média) contas em mais de cinco redes sociais e usa quase três de forma ativa, especialmente Facebook, a rede social co-fundada em 2004 pelo ex-estudante de Harvard e hoje o bilionário Mark Zuckerberg, que detém 82% de usuários.

Os valores que reportam as próprias empresas de social media confirmam esta realidade: Facebook já tem mais de 1,4bilhões de usuários mensais em todo o mundo; LinkedIn, com toque mais profissional, aproxima os 350 milhões, Google + e Instagram superam os 300 milhões e a plataforma de microblogging por excelência, Twitter, conta com mais de 288 milhões de usuários.

Só na Espanha usam essas plataformas, como indicado no último relatório deste ano da associação IAB, mais de 14 milhões de usuários de Internet, ou seja, 82% da população da Internet entre 18 e 55 anos, com o Facebook no topo (96% dos usuários), seguido pelo YouTube, a rede social de vídeos pertencente ao Google (66% dos usuários), Twitter (56%), Google+ (34%) e LinkedIn (31%).

Com estes dados em mente, não há dúvida de que saber como usar o potencial das redes sociais para promover a própria marca pessoal e os projetos em que estamos imersos é um must para qualquer um, e mais ainda quando se é um empresário. “Ter uma boa estratégia de mídia social é essencial para os empresários alcançarem seu objetivo com menos recursos; seu objetivo pode ser desde encontrar investidores, dar a conhecer o projeto para testar sua viabilidade ou captar leads de clientes potenciais; em todos os casos permitirá uma oferta segmentada procurando essa conversão”, diz o especialista em mídia social, blogger e professor Juan Merodio. Mas… estão cientes do potencial que tem o universo dos social media para as suas startups?

O especialista acredita que, na sua maioria, os empreendedores são conscientes disto, embora não saibam bem como aproveitar ao máximo. “É importante que contem com algum profissional do setor para ajudá-los a definir a melhor estratégia para sua startup e criar um bom plano tático à procura de resultados”, aconselha.

Manuel Moreno, jornalista especialista em social media, autor dos livros Cómo triunfar em las redes sociales e Community Manager e fundador do blog TreceBits.com, com foco em Internet, redes sociais e jornalismo 2.0, é menos otimista e não acredita que o nível de conscientização da importância dessas plataformas seja muito alto. “De fato, por isso há tantas pessoas que confiam a gestão das redes sociais de sua empresa a um bolsista sem conhecimento específico ou ao ”cara da TI, que sabe muito sobre computadores.” Um erro, de acordo com Moreno, quem, em seguida acrescentou: “As redes sociais tornaram-se figuras-chave no desenvolvimento de negócios e devem ser entendidas como tal; são cruciais e, portanto, temos que dedicar recursos específicos e trabalhar de acordo com um plano definido, com metas claras”.

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Passos para que uma ‘startup’ triunfe nas redes sociais

Moreno ressaltou que o importante é que o empresário saiba o que ele quer alcançar nas redes sociais (“definir o que seria para nós triunfar nelas”, diz ele) e, com base nesse objetivo, decidir em quais plataformas deve estar e como. “É essencial conhecer bem as várias redes sociais, suas funcionalidades, seu potencial… para poder obter vantagem, gerenciando nossa marca pessoal como um empresário de uma forma ativa. O empreendedor deve ser seu próprio community manager. Então, no nível da empresa, deve procurar por uma pessoa devidamente treinada para gerenciar os perfis sociais de sua empresa”, diz.

A primeira coisa que um empresário deve fazer é considerar quais recursos, tanto humanos como financeiros se empregaram na gestão das redes sociais. “Realizar um exercício de uma escuta ativa para descobrir o que desejamos conseguir das redes sociais e como vamos tentar alcançar esses objetivos com os recursos que temos, continua Moreno. Esta primeira fase de planejamento é essencial para ter sucesso nas redes sociais e não desperdiçar recursos. Com base em tudo isso, poderemos definir metas e traçar um plano de ação, que executaremos e que, posteriormente, deveremos analisar para ver os resultados de cada ação e redirecionar a estratégia de acordo com uma métrica que visa atingir os objetivos”.

Os objetivos, de acordo com Merodio, devem ser definidos a curto, médio e longo prazo “e sobre esta base concentrar o investimento de recursos prioritário na geração de conteúdos em diferentes canais para ajudá-los a se posicionarem como canal de ajuda a seus clientes potenciais”.

Moreno insiste que, embora leve cinco segundos enviar um tweet, esses 140 caracteres têm um monte de trabalho por trás. “O planejamento estratégico é crítico em redes sociais, por isso é necessário um profissional para realizá-lo”.

LinkedIn, Twitter, Facebook… todas?

Qual é a plataforma mais crucial para o ecossistema empreendedor? A resposta dos especialistas é “depende”. De que? De acordo com Moreno, “do objetivo que se quer alcançar, onde estão os nossos clientes e potenciais clientes, os recursos que temos, a natureza do nosso produto e empresa…”

Para Merodio é claro que Facebook tem um grande poder de entrada, devido ao volume de usuários, mas acredita que Twitter é muito interessante para atender aos clientes e Linkedin para gerar contatos de negócios. “Mas não se deve esquecer das redes sociais visuais como Instagram, YouTube ou Periscope [recentemente adquirida pelo Twitter], pois os usuários tendem a ver mais do que a ler”, acrescenta.

Arturo de las Heras García, diretor-geral da CEF (Centro de Estudos Financeiros), CEO da Universidad a Distancia de Madrid (UDIMA), onde leciona um curso sobre a forma de melhorar a marca pessoal em redes sociais, e Presidente de TodoStartups.com, é um defensor do LinkedIn. “As redes sociais são uma maneira fácil e barata de dar a conhecer nossa startup, diz. O espaço que LinkedIn permite usar como uma empresa é o mesmo tanto se temos uma startup como se dirigirmos uma multinacional”. Esta rede social profissional, diz ele, é “ideal para encontrar fornecedores e clientes. É uma plataforma particularmente adequada para empreendedores, a quem dá uma impressionante base de dados”, principalmente se temos em mente que dos 24,4 milhões da população economicamente ativa no Brasil, mais de 20 milhões já tem perfil no LinkedIn”, acrescenta.

De las Heras diz que no LinkedIn estão os “perfiis adequados”. É uma rede social, destaca, muito grata: “Com um pouco que se esforce o empreendedor, de fato qualquer um, pode brilhar. O problema é que não só tem que ter um perfil aberto na rede social, como tê-lo bem: ter completado todos os campos, acrescentar material adicional, como vídeos, brochuras, etc. e, acima de tudo, não usar esta plataforma para acumular contatos por acumular, mas para interagir com eles. Temos que ter um uso mais ativo, devemos ter um “momento LinkedIn” a cada dia. 90% dos usuários utilizam muito mal esta plataforma“.

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O diretor geral do CEF também faz fincapé o quão importante é que um empreendedor tenha uma poderosa marca pessoal nas redes sociais. “Há startups que são mais bem sucedidas porque seus proprietários trazem uma visibilidade que nas mãos de outra pessoa, não teriam”. Em qualquer caso, diz De las Heras, “uma marca pessoal não se constrói: se tem. Isto é o que os outros pensam de você. As redes sociais fazem de alto-falantes da marca pessoal, daí a sua relevância”.

Grandes erros e como evitá-los…

Quais são os maiores erros que as startups cometem nas redes sociais? Manuel Moreno tem claro: “Não lhes dão a importância que têm sobre o desenvolvimento de uma empresa, na possibilidade de estabelecer um canal de comunicação direto com os clientes e potenciais clientes, não valorizam o feedback que trazem… não apostam por uma gestão profissional dos perfis corporativos de sua empresa”.

Também é um erro, observa, que o empreendedor pense que pelo simples fato de estar nas redes sociais vai aumentar a renda de sua empresa e vai vender mais. “E por que não dizer, acreditar naqueles que têm prometido isso há anos, porque também tem muita desinformação nesse sentido, embora, felizmente, a profissão de community manager está começando a se estabelecer e existem grandes profissionais que estão obtendo resultados muito positivos para as empresas onde trabalham. E não é apenas vender mais, mas são todas as metas que as empresas devem considerar quando planejar sua presença em redes sociais”, diz Moreno.

Para Merodio, o pior é embarcar nas redes sociais sem uma estratégia definida clara. “Normalmente abrem seus perfis e começam a compartilhar informações sem levar em conta os objetivos de cada rede social, ou um plano de conteúdo devidamente estruturado”, diz.

Logicamente, os desafios que se abrem para os empreendedores do uso dessas plataformas são muitos. O principal, de acordo com Moreno, é conhecer corretamente as redes sociais e, ainda, avaliar a importância para o desenvolvimento de negócios. “Em um nível pessoal, como empreendedor, ninguém nos ensinou a usar estas plataformas. As temos na palma da mão, mas não sabemos como tirar o melhor proveito para mostrar-nos como um bom profissional, como esse empreendedor com quem devem fazer negócios”, acrescenta. Saber adaptar a estratégia em tempo real baseada em novas mudanças nas ferramentas na própria evolução dos usuários é, para Merodio, o grande desafio dos empresários em sua viagem a social media.

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